
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi preso nesta quinta-feira (13) durante uma nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).
Stefanutto havia sido demitido do cargo em abril, após ser afastado da função quando o escândalo de fraudes no órgão se tornou público. Ele é o segundo presidente do INSS a ser afastado do cargo no atual governo.
Escândalo de R$ 6,3 Bilhões e Abrangência da Operação
As investigações apontam um esquema criminoso responsável por descontos irregulares em aposentadorias e pensões do INSS, realizados no período de 2019 a 2024. Os desvios podem chegar à marca de R$ 6,3 bilhões.
A nova fase da operação cumpriu 10 mandados de prisão e 63 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, no Distrito Federal e em 14 estados: Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Os alvos são investigados pelos crimes de:
Inserção de dados falsos em sistemas oficiais.
Organização criminosa.
Estelionato previdenciário.
Corrupção ativa e passiva.
Atos de ocultação e dilapidação patrimonial.
Entenda o Esquema de Fraudes
O esquema consistia na realização de descontos irregulares e não autorizados nas contas de aposentados e pensionistas, simulando a cobrança de mensalidades de associações de aposentados.
Segundo o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, os suspeitos retiravam valores dos benefícios mensalmente, alegando que os segurados haviam se associado a essas entidades. No entanto, os beneficiários nunca haviam se associado nem autorizado os descontos.
As 11 entidades envolvidas no esquema eram alvo das medidas judiciais e tiveram os contratos de aposentados e pensionistas suspensos.

