A Corregedoria da Polícia Militar prendeu, nesta sexta-feira (28), cinco policiais do Batalhão de Choque suspeitos de cometer crimes durante a megaoperação realizada em 28 de outubro nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio. A investigação foi aberta após a análise das câmeras corporais usadas pelos agentes no dia da ação.
Uma das principais denúncias é o furto de um fuzil durante a operação, que, segundo a Corregedoria, seria revendida a criminosos. Ao todo, sete modelos diferentes de fuzis foram apreendidos naquela ocasião.
Dez policiais do Choque são investigados. Os cinco que não foram presos tiveram mandados de busca cumpridos em suas residências.
As investigações estão sob responsabilidade da 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM).
A megaoperação, que mobilizou agentes das polícias Civil e Militar, terminou com 122 mortos — cinco eram policiais e 117, segundo o governo estadual, eram criminosos.

Em nota, a Polícia Militar afirmou que não compactua com desvios de conduta e que todos os mandados foram cumpridos.
Nota da PM na íntegra
A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que a Corregedoria-Geral da Corporação iniciou, nesta sexta-feira (28/11), uma operação decorrente de investigações realizadas a partir da análise das imagens das Câmeras Operacionais Portáteis utilizadas pelos policiais militares no dia 28/10.
Na ação, estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão e dez mandados de busca e apreensão. Ao todo, dez policiais militares do Batalhão de Polícia de Choque são alvos da operação. As investigações estão sob responsabilidade da 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), que identificou indícios de cometimento de crimes militares no decorrer do serviço.
O comando da corporação reitera que não compactua com possíveis desvios de conduta ou cometimento de crimes praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos.

