
Fortes ventos atingiram São Paulo nesta quarta-feira (10) e impactaram operações aéreas nos principais aeroportos da cidade. No Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, 167 voos foram cancelados até as 19h — 80 chegadas e 87 partidas — segundo a concessionária Aena. Em Guarulhos, 31 aeronaves com destino ao Aeroporto Internacional precisaram ser desviadas para outros terminais.
De acordo com a Defesa Civil, Congonhas registrou rajadas de 96,3 km/h ao meio-dia. Ventos acima de 90 km/h são considerados muito fortes e podem causar queda de galhos, danos em estruturas frágeis e dificultar a circulação de pessoas e veículos. Os ventos fortes são efeitos do ciclone extratropical que se formou no Sul do Brasil.
Passageiros relataram atrasos para desembarcar após o pouso, devido à demora na disponibilização de escadas. Segundo o g1, empresas terceirizadas responsáveis pelo serviço foram afetadas pelas condições climáticas.
A Aena informou que o aeroporto opera normalmente, mas os cancelamentos ocorreram por decisão das companhias aéreas, ajustes na malha e determinações do controle de tráfego aéreo. A concessionária recomenda que passageiros confirmem a situação dos voos diretamente com as empresas.
A Gol e a Latam comunicaram que, por causa das condições meteorológicas adversas, alguns voos foram cancelados, alternados ou sofreram atrasos. A GRU Airport, administradora de Guarulhos, afirmou que as operações foram impactadas por rajadas superiores a 90 km/h, mas começaram a ser normalizadas a partir das 16h20min. Os voos de partida seguem sem alterações.
Queda de energia em São Paulo
Além disso, a passagem do ciclone extratropical deixou mais 2,2 milhões de imóveis sem luz em São Paulo, na tarde desta quarta-feira (10).A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deu o prazo de cinco dias para que a Enel — empresa distribuidora de energia elétrica de São Paulo — apresente explicações pelas falhas na rede. O número de domicílios atingidos, corresponde a 31,81% da área de concessão da empresa.
O ofício foi encaminhado também nesta quarta-feira e destaca que a recorrência de falhas graves na prestação de serviço podem ser configurados como descumprimento contratual, o que pode resultar até na perda da concessão. As informações são do g1.

