A estação mais quente do ano começa neste domingo (21) e promete ser de chuvas um pouco abaixo da média e temperaturas mais altas do que o normal em boa parte do país, segundo a Climatempo.
O verão tem início às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo e se estende até as 11h45 do dia 21 de março de 2026.
Caracterizado pela elevação da temperatura em todo o país, no verão os dias se tornam mais longos do que as noites e as mudanças rápidas nas condições do tempo são comuns.
Segundo os meteorologista, este verão não deve ter influência de fenômenos climáticos como o El Niño e o La Niña.
"O episódio de La Niña que predominou na primavera vai terminar até o fim de janeiro de 2026. Assim, a maior parte do verão 25/26 será em modo de neutralidade no oceano Pacífico Equatorial", explica a meteorologista da Climatempo, Josélia Pegorim.
Mas um outro sistema deve ter muito impacto no clima no Brasil ao longo do verão: a Alta Pressão Subtropical do Atlântico Sul (ASAS).
A Alta Pressão Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) é um grande anticiclone, isto é, uma região na atmosfera onde a circulação dos ventos é anti-horária. Ela se localiza permanentemente entre o Brasil e a África e faz parte da circulação atmosférica global.
O sistema influencia o clima em parte do Brasil durante todo o ano, mas, quando está mais próximo do que o normal do país, as regiões Sudeste, parte do Nordeste e do Centro-Oeste têm redução nas chuvas.
Quando essa aproximação acontece no verão, as principais consequências são:
- Estação mais quente que o normal, com maior ocorrência de veranicos e até ondas de calor
- Deficiência de chuva em muitas áreas do país"Como todo sistema de alta pressão atmosférica, o ASAS deixa o ar mais seco, o que reduz a nebulosidade e as condições para a chuva", detalha Josélia.
A ASAS também dificulta a formação de grandes áreas de instabilidade, que provocam chuva persistente por vários dias. Além disso, causa irregularidade nas tradicionais pancadas de verão.
Assim, principalmente por conta da influência desse sistema, o verão deste ano deve ser marcado por chuvas abaixo da média para a estação.
Segundo a Climatempo, os meses de janeiro e fevereiro devem ter temporais em todas as regiões do país, mas de forma irregular. Já em março, a tendência é de maior regularidade nas chuvas.
Com isso, a tendência é de volumes um pouco abaixo da média para a estação em quase todo o país.
A costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e áreas do interior do Maranhão e do Piauí devem ser as regiões com as marcas mais abaixo do normal para o período. (veja no mapa abaixo)
Por outro lado, os seguintes locais devem ter chuva acima da média, como mostra o mapa:

- norte do Rio Grande do Sul
- Santa Catarina
- Paraná
- sul e leste de São Paulo
- sul de Minas Gerais e Zona da Mata Mineira
- sul do Rio de Janeiro
- Rondônia
- Acre
- Amazonas
- Roraima
- norte do Amapá
Temperaturas acima da média
Além da previsão de chuva abaixo da média em boa parte do país, a expectativa é que as temperaturas fiquem mais altas do que o normal para o período em grande parte do Brasil.Por conta da ASAS, a estação deve ter uma maior ocorrência de veranicos, isto é, uma sequência de dias com temperaturas mais elevadas do que o normal.
Áreas do Sul e da fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai devem enfrentar períodos especialmente quentes, e que podem ser classificados com onda de calor.

Apenas as seguintes áreas devem ter marcas dentro do normal:
- leste do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná
- sul de São Paulo
- Aracaju
- Alagoas
- leste de Pernambuco, da Paraíba e do Rio Grande do Norte
- noroeste do Mato Grosso
- norte de Rondônia
- oeste do Acre e do Pará
- Amazonas
- Roraima
- parte do Amapá

