
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu nesta segunda-feira (22) a prisão domiciliar de Augusto Heleno, general da reserva e ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), após a Polícia Federal (PF) encaminhar ao tribunal um laudo pericial sobre o estado de saúde do militar.
A perícia foi solicitada no âmbito da execução penal depois de a defesa sustentar que Heleno tem Alzheimer e pedir a conversão do regime fechado para o domiciliar. O laudo foi juntado ao processo e tramita sob sigilo.
A PF chegou a pedir mais prazo para concluir a avaliação, alegando necessidade de analisar documentos adicionais apresentados pela defesa, com previsão de entrega até 26 de dezembro. Ainda assim, o envio foi antecipado.
Restrições e tornozeleira eletrônica no regime domiciliar
A decisão impõe monitoramento eletrônico e prevê o cumprimento de medidas cautelares durante a permanência na residência.
Entre as restrições citadas em relatos sobre o despacho estão proibição de uso de redes sociais, entrega de passaportes e suspensão do porte de arma, com indicação de retorno ao regime fechado em caso de descumprimento.
Condenação e contexto do pedido da defesa
Augusto Heleno foi condenado no âmbito do processo que apurou a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, com pena de 21 anos de prisão, e estava custodiado no Comando Militar do Planalto, em Brasília, antes da conversão para o regime domiciliar.
No trâmite do pedido, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou-se favoravelmente à concessão da domiciliar, segundo registros publicados anteriormente sobre o caso.

