
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), braço do Ministério Público (MP-SC), divulgou um balanço das ações em Santa Catarina em 2025. Desde abril, conforme o órgão, foram feitas 110 operações em diferentes regiões do Estado. O principal foco das ações foi atingir o braço econômico das facções criminosas, com investigações financeiras que miraram lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e financiamento de atividades ilícitas. A estratégia buscou enfraquecer a base que sustenta a atuação dessas organizações.
Entre as operações de maior repercussão estão a Engrenagem, contra o tráfico de drogas, a Entre Lobos, que apurou golpes contra idosos, e a Black Flow, que revelou um esquema milionário de fraudes na construção civil. Também ganharam destaque a Intramuros, voltada a crimes articulados a partir do sistema prisional, e a Carga Oca, que investigou desvios de recursos públicos.
Ao todo, durante as operações, foram 187 mandados de prisão cumpridos, 879 mandados de busca e apreensão e 198 pessoas presas. No campo patrimonial, mais de R$ 23 milhões foram apreendidos ou bloqueados, além de bens, veículos, armas de fogo e milhares de munições retiradas de circulação.
A atuação do Gaeco, conforme o balanço, contou ainda com frentes especializadas, como o CyberGaeco, responsável por operações contra crimes virtuais, e o Geac, que concentrou esforços em casos de corrupção e moralidade administrativa. Segundo o Ministério Público, os resultados reforçam uma atuação integrada, estratégica e orientada a resultados no combate ao crime organizado em Santa Catarina.

