
A atriz e cantora francesa Brigitte Bardot, uma das figuras mais marcantes do cinema europeu no século 20, morreu aos 90 anos. Ícone de sensualidade nas décadas de 1950 e 1960, ela transformou padrões cinematográficos, rompeu tabus culturais e dedicou as últimas décadas da vida ao ativismo pela causa animal.
A morte da artista foi anunciada pela fundação Bardot, que leva seu nome, mas não foi informado o local e a causa da morte.
Conforme informações do Metrópoles, em outubro deste ano, a atriz havia sido internada em um hospital em Toulon, no sul da França, para tratar problemas de saúde descritos como ‘grave’.
A família informou que, na ocasião, ela passou por uma pequena cirurgia, recebeu alta cerca de três semanas depois e retornou para casa, onde vinha se recuperando.
Naquele período, seus parentes pediram discrição e respeito à privacidade, sem detalhar a evolução do quadro clínico.
Relembre a carreira e trajetória da atriz francesa

Nascida em 1934, em Paris, Brigitte Bardot cresceu em uma família católica tradicional e iniciou a carreira artística no ballet. Admitida no Conservatório de Paris, teve formação clássica enquanto atuava também como modelo.
Aos 15 anos, já estampava capas de revistas como a Elle, o que abriu as portas para o cinema. No início, assumiu papéis secundários até se destacar em produções de maior visibilidade.
Durante esse período, conheceu o diretor Roger Vadim, com quem se casou em 1952. Foi com ele que Bardot conquistou projeção internacional ao protagonizar o filme “E Deus Criou a Mulher” (1956), obra que mudou sua carreira e a consolidou como símbolo global de sensualidade e liberdade feminina.
Vida fora das telas e polêmicas
No início dos anos 1970, Bardot anunciou a aposentadoria do cinema, encerrando uma carreira com mais de 45 filmes e cerca de 70 músicas gravadas. A partir daí, concentrou esforços na defesa dos animais, criando uma fundação Bardot dedicada à proteção de espécies e combate aos maus-tratos.
Sua trajetória fora das telas, porém, também foi marcada por controvérsias. A francesa fez declarações públicas contra minorias e apoiou movimentos de extrema-direita na França, acumulando condenações por incitação ao ódio racial.

