![](https://wh3.com.br/galerias/noticias/640/212352090605_screenshot_1.png)
Baleia-jubarte foi encontrada na praia de Salinas no domingo (20)(Foto: PMP-BS Univille, Divulgação)
O número de encalhes até o momento só é menor do que o registrado em 2016. Naquele ano, 11 animais encalharam nas praias de SC.
Segundo o presidente do Instituto Baleia Jubarte, Milton Marcondes, vários fatores podem ter provocado o aumento neste ano. Entre eles, estão o crescimento no número de nascimentos e a possível diminuição na oferta por alimento na Antártica.
— Talvez os animais tenham ficado nessas águas do Sul do país para se alimentar, porque o que a gente vê é que os animais que estão encalhando aí são jovens. Animais que ainda não chegaram à maturidade sexual — afirma Marcondes.
O trajeto normal das baleias-jubarte é sair da Antártica em direção ao litoral brasileiro. Elas atravessam os estados até chegarem ao Nordeste, no Banco dos Abrolhos. O local é o maior berço reprodutivo do Atlântico Sul.
Veja o número de encalhes de baleias-jubartes por estados em 2021
Santa Catarina - 10
São Paulo - 9
Rio Grande do Sul - 6
Rio de Janeiro - 6
Paraná - 2
Espírito Santo - 2
Bahia - 2
*Fonte: Instituto Baleia Jubarte
Todos os 10 animais que encalharam em Santa Catarina morreram. O caso mais recente foi registrado em Balneário Barra do Sul no domingo (20). Um filhote de baleia-jubarte foi encontrado sem vida na praia de Salinas.
O que tem dificultado entender o que está acontecendo, explica Marcondes, é que muitos dos animais são encontrados em avançado estado de decomposição.
— O pessoal tenta examinar, fazer uma necropsia, descobrir a causa da morte. Mas o que acontece muitas vezes é que a baleia já chega tão podre na praia, porque já está há dias no mar decompondo. Em alguns casos, a gente não consegue fechar um diagnóstico — diz.
A recomendação é que sejam acionados órgãos ambientais caso uma baleia-jubarte seja avistada encalhada na praia. Uma deles é o R3Aninal. O contato com o órgão pode ser feito pelo telefone (48) 3018-2316.