São três do Norte e três do Nordeste. Cinco deles devem começar a vacinar pessoas de 18 anos até setembro - o mais avançado é Roraima, com previsão para julho. O outro é o Maranhão, único Estado que já deu início a essa faixa etária. Em Santa Catarina, a imunização desse público está marcada para outubro.
Mais adiantado, o Maranhão começou ainda em junho a vacinação de 18 anos e, atualmente, está com mais de 80% da população vacinada. A ocupação dos leitos permanece alta, apesar disso, assim como a taxa de contágio, porém, o Estado tem um dos menores índices de morte pela doença.
Os Estados que não divulgaram calendário de vacinação possuem as Capitais aplicando a primeira dose em pessoas na faixa etária de 40 anos para cima, no momento. O grupo prioritário indica que a vacinação nesses Estados ocorre similar aos que devem começar a aplicação da vacina em pessoas de 18 anos em outubro, assim como em Santa Catarina.
Para o professor de saúde pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Fabrício Augusto Menegon, a diferença no calendário de um Estado para o outro está na desproporção populacional adulta.
O controle no avanço da pandemia, assim como o cuidado com as medidas protetivas, não possuem impacto direto na vacinação. Mas a vacinação tem um grande impacto no controle da pandemia. O professor explica:
A informação é consolidada no Maranhão, que apresenta um número baixo de mortalidade, mas mantém em alta a taxa de ocupação dos hospitais. Os leitos de UTI no Estado, até esta segunda-feira, estão com uma média de 72,2% de ocupação. As mortes na última semana tiveram uma descrescente e nesta segunda, nenhuma pessoa morreu por Covid no Maranhão. Menegon enfatiza que para diminuir a mortalidade, é necessário vacinar grande parte da população.
- As variantes estão em alta. Israel, por exemplo, voltou a usar máscara mesmo com a população vacinada. É possível que a gente experimente situações parecidas ainda - diz.
- Quando 70% do Brasil estiver vacinado, pode ser que o país tome decisões como parar o uso de máscara em lugares públicos. Mas enquanto não tivermos o mundo todo com alta cobertura vacinal, vamos conviver direto com as variantes e com os cuidados necessários. Precisamos ficar em alerta!
- Considerando que tem a segunda dose, em dezembro as coisas podem voltar ao “normal”. Mas o país precisa estar sempre em alerta, enquanto grande parte da população não estiver vacinada - completa.