Efeito da pandemia - 14/12/2021 09:21

Sete em cada 10 indústrias de SC têm dificuldades para comprar insumos

Pesquisa da Fiesc em parceria com a CNI, mostrou que as empresas não conseguem os materiais, mesmo pagando mais caro por eles
Recomendar correção
Obrigado pela colaboração!
Sete em cada 10 empresas de SC informaram que têm enfrentado dificuldade para encontrar insumos e matérias-primas para a produção, mesmo pagando mais caro. O levantamento da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que o problema ainda atinge todo o país. 
A pandemia gerou uma mudança nos padrões de consumo, o que desorganizou as cadeias globais de produção. Mesmo com a melhora do cenário, os reflexos dessa crise ainda estão sendo sentidos em diversos setores. 
Conforme a Fiesc, alguns dos insumos que ficaram bastante escassos e mais caros, são ferro, semicondutores e outros componentes utilizados na indústria de carros, assim como componentes ligados ao setor de informática. 
O desafio também é grande para conseguir insumos importados, mesmo negociando o valor e pagando mais caro por eles. Dentre as empresas catarinenses que responderam à pesquisa, 72% utilizam materiais importados e 50,6% relataram ter dificuldade para adquiri-los.    

O que explica a falta de insumos  
Conforme o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, há, pelo menos, três explicações para a falta de insumos gerada pela crise provocada pela pandemia de Covid-19.  
— Há um buraco na produção industrial que ainda não foi resolvido. A Sondagem Industrial de outubro mostrou ajuste nos estoques, é uma condição importante, necessária para resolver o problema, mas é um primeiro passo. E esse ajuste ainda precisa se completar para uma série de setores — explicou o economista, em nota.  
— Além disso, temos a expansão da demanda global de uma série de produtos, com os países voltando da crise. Esses fatores seguem provocando estresse nas linhas produtivas e a escassez de diversos insumos — completou. 
Segundo Marcelo Azevedo, há ainda um outro agravante composto pelo elevado custo da logística, alto preço e baixa qualidade dos contêineres.  
— Alguns países estão buscando alternativas para esse problema dos insumos, como desenvolver fornecedores locais, mas não é algo que se faça rapidamente nem depende só da ação da vontade, e envolve custos — disse. 

Perspectivas para 2022 
Dentre as empresas catarinenses que responderam à pesquisa, 31,3% acreditam que a oferta de matérias-primas e insumos produzidos no país deve se normalizar ainda no primeiro trimestre de 2022, e 24,1% preveem que as dificuldades devem continuar até o segundo trimestre.

Fonte: DC
Publicidade
Publicidade
Cadastro WH3
Clique aqui para se cadastrar
Entre em contato com a WH3
600

Rua 31 de Março, 297

Bairro São Gotardo

São Miguel do Oeste - SC

89900-000

(49) 3621 0103

Carregando...