Eleições em Porto Belo tiveram iniciativa inédita no Brasil(Foto: Tribunal Regional Eleitoral, divulgação)
A inovação foi usada no fechamento das urnas e se utilizou de protocolos já adotados pela Justiça Eleitoral — como o QR Code que está disponível no boletim de urna. Esse documento é público, já possuia o código, e sempre tem uma cópia colocada na porta de cada sessão após o fim da eleição.
O que foi inédito neste pleito foi o desenvolvimento de um aplicativo que permitiu a leitura desse QR Code. Assim, com um smartphone, os eleitores puderam verificar o número de votos de cada candidato. Foi possível desta forma comparar a informação com o resultado oficial divulgado pelo TRE.
Para fazer a leitura do código, o TRE-SC se juntou à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SC) para desenvolver um aplicativo que permitisse a leitura. O Qrtot mostrava a quantidade de votos apurados, nome e foto dos candidatos e o número de seções lidas.
Na outra ponta, o resultado de cada urna foi obtido pelo TRE-SC de forma usual, por uma espécie de pen-drive chamada de MR pelos técnicos do órgão. A informação é computada e disponibilizada no site da Justiça Eleitoral.
O secretário de Tecnologia da Informação do TRE-SC, Álvaro Sampaio Corrêa Neto, explicou que o aplicativo que lia o código, enviava para uma página na internet e realizava a contagem.
— Com essa experiência foi possível demonstrar alguns pontos interessantes. Primeiro, o escrutínio dos votos ocorre na sessão eleitoral, no momento do encerramento da urna. Ali a informação já é pública e não importa por qual meio você conte os votos, seja pelo MR ou pela leitura do BU, os valores são sempre os mesmos. Ou seja, é uma forma de retirar qualquer dúvida sobre o processo de totalização — disse.
Questionado, o TRE-SC disse que o uso dessa tecnologia no pleito de outubro é avaliada, mas ainda não é possível confirmar o uso.