11 MORTOS - 24/06/2022 14:14

Polícia acredita que incêndio em comunidade terapêutica de Carazinho tenha começado perto do único ponto de saída da casa

Clínica era em grande parte feita de madeira
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Em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, a delegada Rita Felber De Carli, titular da delegacia de Carazinho, deu detalhes sobre a investigação do incêndio no Centro de Tratamento e Apoio a Dependentes Químicos de Carazinho (Cetrat), que provocou a morte de 11 pessoas, todas carbonizadas. Outras duas pessoas estão internadas no hospital da cidade, uma delas em estado grave. Na hora do incêndio, 15 pessoas estavam no interior da instituição. As vítimas tinham entre 30 a 70 anos (veja os nomes abaixo).

 A investigação da Polícia Civil busca descobrir se o centro de atendimento a dependentes químicos tinha saída para emergências como a deste final de noite e início de madrugada. Segundo a delegada, as primeiras informações colhidas apontam que somente uma porta era utilizada para deixar o local, e que essa passagem estava chaveada.

— Complica que o centro para dependentes químicos é um ambiente fechado. Em princípio tinha uma porta chaveada, sim, estamos investigando isso agora — complementa a delegada em entrevista ao Timeline.  

A delegada disse ainda que o alastramento das chamas se deu justamente nessa região, pelos vestígios até agora identificados. 

Segundo a delegada, todos os mortos estavam no piso superior da casa onde ficava o alojamento. Embaixo funcionava uma oficina para os pacientes. Com o fogo, o piso cedeu. Ela contou ainda que muitos corpos foram encontrados pendurados nas janelas.

O projeto da clínica será avaliado para comprovar se estava em condições de receber os internos. A documentação também será analisada nos próximos passos da investigação.

Há ainda a suspeita de que o fogo tenha começado pela fiação elétrica, segundo o delegado regional Jader Ribeiro Duarte. A clínica era em grande parte de madeira. Imagens nas redes sociais mostram reformas no forro e na parte elétrica, realizadas no ano passado. Ambos os investigadores aguardam a perícia para confirmar as suspeitas. 

Ainda conforme a delegada, já se sabe quem morreu, mas ainda falta identificar cada corpo, uma vez que ficaram carbonizados. O IGP afirma que exames de papiloscopia foram realizados, mas os corpos carbonizados poderão precisar por análise de arcada dentária e  de DNA.

Os mortos, segundo apurado pela reportagem e confirmado pela Polícia Civil, são Avelino Timm (de Campos Borges), Adair José Langaro Nascimento (de Vila Lângaro), César Dutra de Andrade (de Espumoso), Luciano Serafim Lemos (de Carazinho), Gilberto Soares dos Santos (de Não-Me-Toque), Luiz Eduardo Ribeiro (de Santa Cruz), Oscar Duranti (de Constantina), Deive da Silva (de Santa Cruz), Sebastião dos Santos (de Alto Alegre), Idemar dos Reis (de Carazinho) e Gilberto Almeida de Oliveira, que era monitor da clínica.

Duas equipes de perícia criminal do IGP estão trabalhando no local. O objetivo da perícia é identificar vestígios que ajudem a compreender a causa e a dinâmica do incêndio. O laudo deve ser concluído em pelo menos 30 dias. 

Fonte: Gaúcha / ZH
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