CLIMA - 12/01/2023 06:02

Ano de 2022 foi o quinto mais quente no mundo desde que há registros

Além das temperaturas, os níveis de gases responsáveis pelo aquecimento do planeta também atingiram recordes
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Os dados climáticos globais do último ano foram divulgados nesta terça-feira (10) pelo Corpenicus (Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Programa de Observação da Terra da União Europeia). Segundo os registros, o ano de 2022 foi o quinto mais quente no mundo, com aumento nos níveis de concentração de gases de efeito estufa e persistência de fenômenos como La Niña.
O serviço reúne dados globais do clima desde 1959. De acordo com eles, o ano de 2022 foi o quinto mais quente, no ranking estão: 2016,2020,2019 e 2017. Com temperatura média de 0,3 °C acima do período de referência de 1991 – 2020, equivalendo aproximadamente a 1,2 °C acima do período de 1850 – 1900.
No entanto, algumas regiões do mundo sofreram mais com o calor. Sendo no Oriente Médio, Ásia Central, parte da Europa Ocidental, nordeste e noroeste da África, China, Coreia do Sul e Nova Zelândia, nestas localidades foi o ano mais quente.
Além das temperaturas, os níveis de gases responsáveis pelo aquecimento do planeta também atingiram recordes. A quantidade de dióxido de carbono e metano na atmosfera foi mais alta em mais de 2 milhões de anos e em mais de 800 mil anos, respectivamente.
Em 2022, o valor médio de emissões de dióxido de carbono aumentou em média 2,1 ppm (parte por milhão), para um total de 417 ppm, e o metano, aproximadamente, 12 ppd (parte por bilhões), para 1.884 ppd.
Pelo terceiro ano consecutivo, o fenômeno natural La Niña — que produz efeitos no clima devido à diminuição da temperatura anormal das águas do Oceano Pacífico — persistiu durante boa parte de 2022.
Segundo o Serviço de Monitorização, o fenômeno natural causou as temperaturas relativamente baixas e a elevada precipitação no Leste da Austrália.
O Paquistão, em julho e agosto, teve níveis recordes de chuva. O que causou inundações e mais de mil mortos no país.
Os dados também indicam que o gelo no Oceano Antártico atingiu em fevereiro sua “menor extensão mínima” em 44 anos de registros de satélite. No interior da Antártida Oriental , na estação científica Vostok, a temperatura chegou a -17,7°C, a mais quente em 65 anos. A Groenlândia teve em setembro temperaturas de 8°C acima da média. Um recorde desde 1979.
O Copernicus segue a recomendação da Organização Mundial de Meteorologia para utilizar o período de 30 anos mais recente (1991-2020) com o propósito de calcular as médias climatológicas.

Fonte: ND+
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