As rodovias federais em Santa Catarina tiveram 350 mortes em acidentes de trânsito, em 2022, segundo balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta quarta-feira (25). Tratou-se da terceira queda anual seguida — de 2% em relação a 2021, com 357 registros — e também do menor número registrado em 27 anos, desde que foi iniciada a série histórica da corporação, em 1996.
A PRF atribuiu o recorde positivo a três principais fatores, entre outros: a entrega de trechos duplicados da BR-470 e da BR-280, o que diminui colisões frontais; a renovação contínua da frota de veículos, que passam a vir de fábrica com freios ABS e airbags; e as restrições à circulação nas pistas federais.— Tivemos nesse ano muitos trechos em que o fluxo ficou prejudicado por conta dos protestos após o segundo turno das eleições. Isso ajudou a reduzir o fluxo e, consequentemente, os números de acidentes e de mortes — disse o inspetor Adriano Fiamoncini, porta-voz da PRF no Estado, ao Diário Catarinense.
Em 2022, os óbitos estiveram envolvidos entre 7.576 acidentes, número que caiu quase 4% ante o ano anterior, mas que já foi ainda menor, em 2020, ocasião em que houve 7.215 registros. Ainda no ano passado, as ocorrências deixaram 8.428 feridos, queda de 3% se comparada a 2021, com 8.691.A mais letal das rodovias no ano passado foi a BR-101, com 120 mortes em acidentes. A BR-282 e a BR-470 vêm em seguida, com 84 e 73 óbitos, respectivamente. Na sequência, estão as BR's 280 (31), 116 (29), 153 (cinco), 158 (quatro), 163 (três) e 480 (uma morte), segundo a PRF.
Também conforme o balanço foram multados 11.325 condutores por ultrapassagem em local proibido e outros 4.199 por uso de celular ao volante em 2022. Além disso, 7.498 motoristas foram flagrados dirigindo sob efeito de álcool e mais 17.066 que não utilizam o cinto de segurança.O documento da PRF também traz números da área criminal. Foram detidas 3.432 pessoas nas rodovias federais do Estado por crimes diversos em 2022. Em meio a isso, foram apreendidas 46,5 toneladas de maconha e skunk, e mais 1,3 toneladas de cocaína e crack. Entre produtos importados ilegalmente, foram retidos 4,9 milhões de maços de cigarros, 9.500 litros de agrotóxicos e 12 mil litros de bebidas alcoólicas.