VIOLÊNCIA - 26/01/2023 08:46

SC registra 596 assassinatos em 2022, menor número da série histórica

Estado teve aumentos, no entanto, de casos de feminicídio e latrocínio
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Santa Catarina tem tido queda de homicídios desde 2018 (Foto: Maurício Vieira/Secom)

Santa Catarina fechou 2022 com 596 homicídios, segundo indica balanço recém-consolidado pelo Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial (CSSPPO-SC), referente ao último mês de dezembro. Trata-se do menor volume anual do Estado ao menos desde 2008, quando o dado passou a ser contabilizado, de acordo com o governo estadual.

O número de 2022 renovou um recorde que já havia sido batido nos últimos três anos. A quantidade de assassinatos no Estado passou a cair após 2017, ano da pior marca da série histórica, quando houve 989 mortes violentas deste tipo em Santa Catarina. Em relação a 2021, a queda foi agora de 7,1%.

Número de homicídios por ano em Santa Catarina, com dados do CSSPPO (Gráfico: Paulo Batistella/DC)

Ainda na comparação com 2021, ocorreram, no entanto, altas nas quantidades de feminicídios, quando a vítima é morta em decorrência do fato de ser mulher, e de latrocínios, os casos de roubo seguido de morte: foram de 55 a 56 (incremento de 1,8%) e de 20 a 24 (salto de 20%), respectivamente.

Em contrapartida, houve queda nas mortes por confrontos policiais, mantendo uma tendência já identificada no primeiro semestre do ano passado, conforme noticiou o NSC Total à época. No caso da Polícia Civil, caiu de quatro para apenas uma morte (redução de 75%). Já entre pessoas mortas por agentes da Polícia Militar, passou de 66 para 43 casos em 2022 (baixa de 34,8%).

O Diário Catarinense questionou o CSSPPO sobre por qual razão houve a redução no número de homicídios, mas ainda não obteve retorno. Também perguntou o motivo para as altas nos feminicídios e nos latrocínios.

No ano passado, quando fechou o balanço referente a 2021, o governo estadual, ainda sob gestão Carlos Moisés (Republicanos), afirmou que a mínima histórica também obtida na ocasião se devia à gestão integrada das polícias, ao investimento na segurança e ao profissionalismo dos agentes catarinenses.

Agora a segurança pública passou a responder à gestão Jorginho Mello (PL), que faz uma transição do modelo de colegiado adotado por Moisés para estabelecer de volta uma secretaria ao tema.

Fonte: NSC
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