Imagens divulgadas pela Polícia Federal revelam a vida de ostentação e riqueza que criminosos levavam em Balneário Camboriú. O grupo é apontado como responsável por levar armas e drogas para dentro de comunidades cariocas e usar o dinheiro dos crimes para manter uma rotina luxuosa em Santa Catarina, na cidade com o metro quadro mais caro do Brasil.
Eles foram alvo de uma operação na manhã desta quinta-feira (26) que teve seis pessoas presas em Camboriú e Balneário Camboriú, além de muitos bens apreendidos. Na lista tem carro de luxo, lanchas de com mais de 34 pés, jet-skis e até apartamento triplex com jacuzzi na cobertura. Os agentes encontraram ainda fardos de dinheiro em espécie dentro de um imóvel, totalizando R$ 300 mil.
As apreensões e prisões são fruto de uma investigação que começou em 2020, no Rio de Janeiro, e mira três grupos de uma mesma organização. Um desses é liderado por dois irmãos, que tiveram o apoio de corretores de Santa Catarina para comprar ao menos 13 imóveis em Balneário Camboriú e Camboriú usando o dinheiro vindo das atividades criminosas e colocando em nome de laranjas.
A mãe, as esposas e as irmãs dos dois também foram denunciadas. Elas "gozavam de uma vida de luxo em Balneário Camboriú e movimentavam valores exorbitantes em suas contas bancárias", segundo a PF.
Ao todo, quatro pessoas foram presas em Balneário Camboriú. Três delas são da mesma família: um dos irmãos líder do grupo, a irmã dele e um cunhado. A família morava na cidade desde 2016. Na mesma cidade a polícia prendeu um homem apontado como laranja.
Sobre a operação da PF
A operação Fim do Mundo começou no clarear desta quinta-feira (26). Mais de 100 policiais federais saíram às ruas para cumprir 18 mandados de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. As ordens judiciais miram três grupos criminosos que movimentaram mais de R$ 100 milhões nos últimos três anos.
Os investigados vão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 24 anos de prisão.