750 CASOS EM SC - 03/02/2023 07:01 (atualizado em 03/02/2023 09:41)

O que causa, como tratar e o que era o câncer que matou Glória Maria

Somente em 2022, Santa Catarina registrou 750 novas pessoas lutando contra a doença
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Jornalista foi vítima de câncer no cérebro – Foto: Reprodução/@gloriamariareal/

A jornalista e apresentadora Glória Maria morreu nesta quinta-feira (2) vítima de um câncer no cérebro. A doença está presente também em 750 catarinenses entre 2022 e 2023.

Segundo a SES (Secretaria do Estado da Saúde), em Santa Catarina a estimativa para de 2023 até 2025 é de 11.490 casos ao ano, sendo 6.110 casos em homens e 5.380 em mulheres.

A pasta esclarece que a taxa de sobrevida para o câncer no sistema nervoso central é de apenas cinco anos. A maior taxa de mortalidade foi em homens, com 176 mortos, no ano de 2022 comparando ao sexo feminino com 168. Já no ano de 2023, as mulheres encontram-se com uma maior taxa de mortalidade por câncer. No estado, sete mulheres já morreram da doença contra sete homens.

Segundo a médica neurocirurgiã Danielle de Lara, existem dois grandes grupos muito diferentes entre si da doença.

“Existem os cânceres do cérebro que nascem das células cerebrais, a maioria deles se chama gliomas, mas existem outros. Há ainda os cânceres de outros órgãos que acabam indo também pela corrente sanguínea para o cérebro”, explica.

Esse foi o caso da apresentadora Glória Maria. A jornalista teve um câncer no pulmão e pedaços desse câncer do pulmão foram pelo sangue da corrente sanguínea até o seu cérebro. Foi lá que a doença se instalou e fez a chamada metástase. A metástase é quando um um câncer de um órgão que se aloja em outro.

“As metástases cerebrais são sempre tumores malignos. Seus fatores de riscos são todos aqueles que já conhecemos e são prejudiciais para nossa saúde. Tabagismo, falta de atividade física, obesidade e condições genéticas”, diz.
Em relação aos fatores genéticos, a neurocirurgiã explica que, por exemplo, uma mulher que tem sua avó com câncer de mama, ou a mãe, ela terá mais chances de desenvolver a doença. São estes os chamados “fatores de risco”.

Tratamentos

A profissional conta que o tratamento varia dependendo de qual o tipo de metástase. No cérebro, a localização pode ser superficial ou mais profunda. Há ainda a possibilidade de ter um único foco no cérebro ou ter diversos. Sendo assim, todos os fatores interferem no tratamento.

“As que nós temos são basicamente três. As cirurgias, como a neurocirurgia cerebral para retirar essa metástase. A radioterapia e a quimioterapia. Às vezes é preciso fazer só um, às vezes é preciso fazer os dois, e às vezes os três. O que vai definir qual tratamento será feito é o  tipo do tumor. Por exemplo, para um câncer do rim que deu uma metástase no cérebro é um tipo de tratamento para um câncer de pele (um melanoma) que tem uma metástase no cérebro, será outro tratamento diferente”, fala.

Prevenção

De acordo com Danielle de Lara, o estilo de vida interfere muito na prevenção ao câncer.

“É preciso ter um bom estilo de vida com práticas de atividade física. Boa saúde mental, alimentação balanceada e regular. Evitar excessos e não fumar. A minha indicação é que se você fuma, pare imediatamente”, reitera.

Expectativa de vida

A expectativa de vida para as pessoas diagnosticadas com câncer no cérebro é relativa. A médica explica que tudo depende de como são os tumores, dentro dos seus variados tipos.

“Pode ser que ele seja curado, retirado e tratado. Assim, há uma expectativa. No entanto, a expectativa diminui se há vários pontos de cânceres no cérebro. Ou seja, a expectativa de vida é variável”.

De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), a décima posição entre os tipos mais comuns da doença no Brasil é o câncer no cérebro. Atualmente, o país registra cerca de 11 mil novos casos todos os anos.

Em seu site, a sociedade brasileira de cirurgia oncológica diz que apesar do número parecer baixo no país, a letalidade é alta. Mais de 9 mil pessoas evoluíram o quadro para a morte. Isso corresponde a mais de 84% dos casos.


Fonte: ND+
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