Fevereiro Roxo - 21/02/2023 06:46

Confira as 4 descobertas mais recentes no Brasil sobre a doença de Alzheimer

No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que em torno de 1,2 milhão de pessoas têm a doença e em torno de 100 mil novos casos são diagnosticados por ano
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No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que em torno de 1,2 milhão de pessoas têm a doença de Alzheimer. – Foto: Freepick/Divulgação

O mês de fevereiro não é apenas marcado pelas festas de Carnaval. Neste mês, é amplamente discutido sobre a conscientização de uma das doenças que mais afeta pessoas com idade mais avançada no mundo, o Alzheimer.

No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que em torno de 1,2 milhão de pessoas têm Alzheimer. Outro dado espantoso revela que em torno de 100 mil novos casos são diagnosticados por ano.

A Doença de Alzheimer, é um transtorno neuro degenerativo progressivo e fatal, que se manifesta pela deterioração das funções cognitivas e da memória. Com isso, ocorre um comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais para aqueles que convivem com a doença.

Como acontece a doença

A doença se instala quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles.

Como consequência dessas toxinas, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

O que causa o Alzheimer

A causa ainda é um mistério entre os pesquisadores, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neuro degenerativa em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população.

Sintomas e estágios da doença

Estágio 1 (forma inicial) – alterações na memória, personalidade e habilidades espaciais e visuais;
Estágio 2 (forma moderada) – dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos; agitação e insônia;
Estágio 3 (forma grave) – resistência à execução de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer e deficiência motora progressiva;
Estágio 4 (terminal) – restrição ao leito, mutismo, dor à deglutição e infecções intercorrentes.

Como a doença não tem cura, pesquisadores buscam incansavelmente novos métodos, novos medicamentos e tratamentos para o Alzheimer.

Confira abaixo as últimas descobertas feitas pela ciência, que podem ajudar a diagnosticar ou dar mais qualidade de vida para aqueles que possuem a enfermidade:

1 – Diagnóstico super precoce

Um estudo foi revelado por cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, em que afirmam ser possível detectar sinais precoces de demências até nove anos antes do paciente receber um diagnóstico específico, como o Alzheimer.
O grupo de cientistas analisou informações do Biobank, o banco de dados biomédicos britânico. A equipe descobriu sinais de dificuldades em várias áreas específicas, como a solução de problemas e a lembrança de números específicos.
“Quando olhamos para a história dos pacientes, fica muito claro que eles já apresentavam alguns sinais de problemas cognitivos muitos anos antes de os sintomas se tornarem óbvios o suficiente para gerar um diagnóstico”, afirmou o principal autor do estudo, Nol Swaddiwudhipong.
A análise das informações reunidas no banco de dados biomédicos revelou que pessoas que desenvolveram Alzheimer já apresentavam um desempenho pior do que indivíduos saudáveis em tarefas de resolução de problemas, tempo de reação a estímulos, capacidade de lembrar de números.

2- Remédio para retardar o avanço do Alzheimer

Um novo medicamento, descoberto recentemente, pode retardar os efeitos do Alzheimer. A droga tende a retardar modestamente a doença, contudo, o remédio também apresenta riscos potenciais à segurança dos pacientes.
Leqembi é o nome da droga produzida pelo laboratório japonês Eisai e sua parceira americana Biogen. A droga é capaz de conseguir atrasar o declínio cognitivo apenas por alguns meses, e alguns especialistas dizem que o remédio ainda pode melhorar significativamente a vida das pessoas.
A droga age na base do Alzheimer, visando a redução das placas de proteína amiloide associadas ao acometimento da doença. O medicamento foi aprovado pela Agência Reguladora dos Estados Unidos para utilização em pacientes com a doença leve ou em estágio inicial.
“Esta droga não é uma cura. Isso não impede que as pessoas piorem, mas retarda consideravelmente a progressão da doença”, explica o neurologista da Universidade de Washington em St. Louis, Joy Snider.
O medicamento, por mais bem-intencionado que seja, possui algumas desvantagens. O laboratório aponta a necessidade de infusões duas vezes por mês e possíveis efeitos colaterais, como inchaço cerebral.

3- Novos tratamentos podem curar o Alzheimer

Um tratamento que aparenta ser muito promissor para a melhora e até mesmo a cura do Alzheimer é a Cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda. Nesse procedimento cirúrgico, um pequeno eletrodo neuro estimulante é implantado no cérebro e pode fazer com que a doença seja estabilizada e os sintomas regridam.
Com o eletrodo no cérebro, ele recebe pulsos elétricos de pequenos fios ligados a um gerador de pulso que fica debaixo da pele torácica. O dispositivo envia pulsos elétricos ao cérebro, o que melhora a capacidade do paciente e reduz os sintomas causados pelo Alzheimer.
Essa terapia já está em uso em alguns centros de neurologia no Brasil. Porém, o custo do tratamento é alto e não consegue atender a todos os pacientes diagnosticados com a doença no país.

4- Uso de células-tronco para o tratamento

Algumas pesquisas científicas apontam que o uso de células-tronco podem resultar na cura do Alzheimer. Contudo, o estudo ainda precisa ser aplicado em humanos para comprovar as teorias.
Os especialistas têm retirado células embrionárias do cordão umbilical de bebês recém-nascidos, e implantado no cérebro de ratos portadores de Alzheimer. Os resultados apresentam resultados positivos, mas ainda é preciso testar a técnica em humanos para garantir a eficácia e a segurança do tratamento.

Algumas dicas para evitar ou retardar o surgimento do Alzheimer

- Manter a mente ativa (ler e fazer palavras-cruzadas, por exemplo);
- Boa vida social;
- Bons hábitos alimentares;
- Dormir 8 horas por noite;
- Manter a pressão arterial controlada;
- Manter o peso saudável;
- Controlar o estresse; e
- Evitar fumar.

Fonte: ND+
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