PROPOSTA APROVADA - 09/03/2023 14:26

Câmara aprova proposta que cria pensão para filhos de vítimas de feminicídio

Pagamento especial será destinado para filhos biológicos ou adotivos e dependentes cuja renda familiar mensal per capita seja igual ou menor do que 25% do salário mínimo, cerca de R$ 330
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O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira, 9, uma proposta que cria uma pensão especial para filhos de mulheres vítimas de feminicídio. A iniciativa é que o pagamento, com total de um salário mínimo – R$ 1.320 atualmente-, seja destinado aos filhos biológicos ou adotivos e dependentes cuja renda familiar mensal per capita seja igual ou menor do que 25% do salário mínimo, cerca de R$ 330, até que completem os 18 anos de idade. Com relatoria do deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM), a iniciativa foi apresentada na forma de substitutivo ao Projeto de Lei 976/22, da deputada Maria do Rosário (PT-RS) e outras sete parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT). “Trouxe aprimoramentos, preservando ao máximo a sugestão original”, disse Capitão Alberto Neto. O impacto orçamentário é estimado em R$ 10,52 milhões neste ano, R$ 11,15 milhões em 2024 e R$ 11,82 milhões em 2025. Segundo o relator, uma vez que os montantes terão pouco efeito nas indenizações e pensões pensões especiais de responsabilidade da União, não houve necessidade de sugerir compensações. O benefício não será acumulável com quaisquer outros pagamentos previdenciários. As autoras da proposta original defendem que o Estado deve suprir a ausência da mãe nos casos de feminicídio. “Não podem as crianças e os adolescentes, por razões violentas, serem privadas de condições dignas de existência”, diz trecho que acompanha a proposta. “Temos de avançar para o momento de nenhum feminicídio, porque esse crime não pode ser visto como algo natural. (…) Mas, dados os números oficiais, resta a nós, além de tudo no combate à violência contra as mulheres, a responsabilidade de proteger as vítimas crianças”, defendeu Maria do Rosário. Agora, o texto segue para análise do Senado Federal.
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Fonte: Jovem Pan
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