Saúde - 18/03/2023 06:51

Saiba como identificar sinais de insônia; maioria dos brasileiros tem sono ruim, diz pesquisa

65,5% da população brasileira relata problemas associados ao sono, principalmente as mulheres, aponta estudo USP/Unifesp
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Deitar na cama e não conseguir dormir é um problema que afeta a maioria dos brasileiros. Segundo estudo conduzido por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), 65,5% da população relata problemas associados ao sono, principalmente as mulheres.

Nesta sexta-feira (17), Dia Mundial do Sono, especialistas mostram dicas de como evitar a insônia e dormir melhor à noite.

A insônia pode ser classificada como a dificuldade para iniciar o sono, para mantê-lo ou despertar muito mais cedo do que deveria. Para o psiquiatra Marco Abud, caso o problema persista por mais de três meses, pode ser tornar crônico.

“Todo mundo nasceu sabendo dormir. O que acontece é que o nosso corpo é altamente adaptável. Como o ambiente está sugerindo algumas vezes que não se deve dormir, ele vai se adaptar. […] Se a insônia durar mais de três meses, pelo menos três vezes por semana, isso faz com que o cérebro entre em um condicionamento. A gente aprende, por rotina, a não dormir. E aí existe uma série de fatores que regulam o sono, o corpo se adapta. Isso faz com que a pessoa comece a ficar preocupada com o sono, deita-se e não dorme.”

Entretanto, há diferença entre uma noite mal dormida e a insônia crônica, explica a neurologista Dalva Poyares, professora da Unifesp e integrante do corpo clínico do Instituto do Sono.

“Qualquer um de nós, quando exposto a uma situação adversa que represente um estresse, pode realmente ter uma noite mal dormida, uma dificuldade para dormir uma noite ou outra. Isso pode ser um episódio agudo”.

Sinais de insônia

Segundo a neurologista, os sintomas de insônia podem incluir: distúrbio de funcionamento durante o dia; cansaço; mal-estar; fadiga mental; sonolência; alterações de humor; alterações de memória, concentração e atenção e sintomas de depressão (em longo prazo).

A médica ainda afirma que observar como você se sente ao acordar é algo que ajuda a diagnosticar a insônia.

“A pessoa que tem insônia sente muita insatisfação com o padrão de sono. Ainda que ela tenha ido deitar no horário regular, isso não garante que ela vai ter um bom sono”, afirma a dra. Dalva.

Tratamento

Quando identificada na fase aguda, a insônia pode ser tratada até mesmo sem medicamento, por meio da TCC-I (terapia cognitivo-comportamental para insônia).

“Terapia é um treino. Cognitivo tem a ver com concentração, pensamento. E comportamental tem a ver com hábitos. Basicamente, é treinar pensamentos que surgem e podem atrapalhar a dormir e, principalmente, hábitos que você tem que mudar, de uma forma repetitiva, à medida que consiga favorecer os mecanismos que o corpo já tem para dormir”, explica Abud.

Muita gente acaba recorrendo a medicamentos para dormir, algo que pode agravar quadros de insônia. Os fitoterápicos podem ser uma opção em um primeiro momento, mas o psiquiatra avisa que não são inofensivos.
“Por mais que a gente diga que são naturais, eles interagem com outros remédios também. Não é que é algo sem nenhum tipo de ação. Eles podem ter uma interação que, às vezes, requer alguns cuidados. Se você já toma outras coisas, obrigatoriamente, tem que falar com seu médico.”

Dalva chama atenção para outro ponto que também precisa ser considerado por pacientes e médicos. Muita gente tem queixa de que demora para pegar no sono, mas isso não representa necessariamente insônia.

“A gente tem que tomar muito cuidado com a queixa de iniciar o sono, porque pode ser distúrbio do ritmo circadiano. Existem pessoas que têm atraso de fase, são obrigadas a dormir mais cedo do que a sua hora biológica e acabam desenvolvendo uma insônia, e aí consomem remédio para dormir”, completa a especialista.

Fonte: ND+
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