Um homem acusado de assassinar a ex-companheira e atirar o corpo no rio de um camping, onde ambos trabalhavam, foi condenado em Palmitos, no Oeste de Santa Catarina. A decisão do Tribunal do Júri foi na terça-feira (21). O crime ocorreu em janeiro de 2022.
Conforme a juíza Mariana Cassol, a pena foi fixada em 19 anos, dois meses e 12 dias de reclusão, em regime fechado. O conselho de sentença reconheceu as qualificadoras de motivo torpe, asfixia, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.
Em um primeiro momento, o réu foi considerado “testemunha” do caso, em que ele dizia ter sido suicídio. Após exame cadavérico, contudo, foi possível descobrir um ferimento no lado direito da cabeça, com lesão cerebral, e fraturas nos dedos das mãos, o que indicou tentativa de defesa.A vítima foi encontrada dentro do rio, presa na vegetação e distante poucos metros do local onde foi arremessada. Não havia água nos pulmões, o que prova que houve asfixia antes de ser jogada ao rio, segundo diz o processo. O homem foi preso 15 dias depois do crime.
Segundo a denúncia, testemunhas relataram que a vítima sofria constante violência doméstica e que, em uma das situações, o acusado ameaçou matá-la com uma paulada na cabeça e jogá-la ao rio. A mulher era natural do interior do Rio Grande do Sul e trabalhava como zeladora na área de quiosques do camping.