Santa Catarina já soma duas pessoas mortas por dengue em 2023. O dado foi divulgado pelo novo informe da dengue feito pela Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina), nesta quarta-feira (22).
Os dados indicam ainda que há 3.044 catarinenses que pegaram a doença ainda este ano. No entanto, há ainda 6.316 casos permanecem como suspeitos no sistema de notificação.
Do total de casos confirmados até o momento (3.044), 2.695 são autóctones (transmissão dentro do estado) distribuídos em 47 municípios de Santa Catarina, sendo que Palhoça atingiu o nível de epidemia.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.De acordo com o documento, 145 municípios foram considerados infestados pelo aedes aegypti, o que representa aumento de 17,24% em relação ao mesmo período de 2022, que registrou 120 municípios nessa condição.
As mortes pela doença foram confirmadas em Florianópolis e Joinville. No entanto, há mais um caso em Joinville e dois em Palhoça suspeitos de mortes pela doença.
Chikungunya
No período de 01 de janeiro a 18 de março de 2023, foram notificados 138 casos suspeitos de chikungunya em Santa Catarina. Desses, oito foram confirmados sendo um autóctone de Blumenau, seis importados de Minas Gerais e um indeterminado. Há outros 55 casos que permanecem como suspeitos.
Em relação ao ano passado, os dados representam aumento de 33% no número de confirmados. Em 2022, no mesmo período, foram seis casos confirmados da doença.Comitê de combate
O governo de Santa Catarina anunciou nesta segunda-feira (20), em coletiva de imprensa junto às prefeituras da Grande Florianópolis, uma série de ações para combater a dengue no Estado. Com 3044 casos confirmados até então, o cenário é de “grande gravidade” no Estado, especialmente as infecções que acometem crianças e adolescentes.
Dentre as medidas, o governador Jorginho Mello (PL) e a secretária estadual de Saúde Carmen Zanotto assinaram decreto que cria um comitê para coordenar as ações de enfrentamento entre municípios. Mello também anunciou repasse de R$ 10 milhões às prefeituras, montante que deve ser destinado para ampliar o atendimentos nas unidades de saúde.Pressão na rede hospitalar
Conforme o governo federal os casos de dengue estão pressionando na rede hospitalar, quando na verdade deveriam ser atendidos nas unidades básicas de saúde. Os R$ 10 milhões anunciados devem ser utilizados para ampliar o horário de atendimento nos postos de saúde.