JULGAMENTO - 28/03/2023 13:45

Presa por tráfico de drogas, catarinense será julgada em abril e pode ser sentenciada à morte na Indonésia

Manuela foi usada como 'mula' para levar droga ao país asiático, além de ter sido enganada por organização criminosa de SC
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Jovem que reside em Santa Catarina foi presa na Indonésia com cocaína (Foto: Arquivo de Relações Públicas da Polícia de Bali)
O julgamento da catarinense Manuela Vitória de Araújo, presa há três meses por tráfico de drogas na Indonésia, foi marcado para o início de abril. No país asiático, pessoas detidas com entorpecente podem ser condenadas à pena de morte.
Segundo o advogado Davi Lira da Silva, na primeira audiência terá início a leitura da denúncia contra a jovem. Em outras fases, há expectativa de que ocorra a instrução do processo, que serve para colher informações sobre o caso e outras provas, e a sentença. Não há prazo para o fim do julgamento.
Detida em janeiro no aeroporto de Bali, Manuela segue em uma delegacia na região. Ela já conseguiu contato com familiares após o auxílio da Embaixada do Brasil na Indonésia. No país asiático, ela já tem um defensor particular que atua no processo.
Além da pena de morte, segundo o Ministério das Relações Exteriores, quem for flagrado com drogas na Indonésia, em qualquer quantidade, pode ser sentenciado a vários anos de prisão ou detenção perpétua. 
Como tudo aconteceu
Manuela morava em Santa Catarina, no mesmo estado que a mãe. Ela atuava como autônoma, vendendo perfumes e lingeries no Brasil.
Segundo o advogado, Manuela embarcou em Florianópolis no fim de dezembro. A prisão da mulher ocorreu no aeroporto de Bali. Em 27 de janeiro ela foi indiciada por tráfico de drogas.
A brasileira foi detida com aproximadamente 3 quilos de cocaína. Segundo a defesa dela, a brasileira foi usada como 'mula' para levar a droga ao país, além de ter sido enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina, que prometeu férias e aulas de surfe para ela no país asiático.
A Polícia Civil de Santa Catarina não passou detalhes sobre a suposta organização criminosa, mas informou que "todas as investigações são mantidas em sigilo".
"O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Jacarta, tem conhecimento do caso e vem prestando a assistência consular cabível à nacional, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local", disse o Itamaraty em nota.
Fonte: G1
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