O Ministério da Saúde lançou, na última sexta-feira, dia 24, a Campanha Nacional de Combate à Tuberculose, com objetivo de reforçar a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento correto da doença, que registrou 5 mil mortes em 2021.
A pasta também apresentou um novo boletim epidemiológico com dados atualizados e conforme o governo, a eliminação da tuberculose no Brasil será prioridade, já que é transmissível e atinge principalmente a população mais vulnerável.
“É inadmissível que tantas pessoas percam a vida por uma doença que tem prevenção, tratamento e cura. […] A tuberculose é uma doença que atinge mais fortemente a população mais vulnerável. O foco é nas pessoas e não nas doenças”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante o lançamento da campanha.
Com a mensagem “Quem tem tuberculose nunca está sozinho. A gente testa, a gente trata, a gente vence”, a campanha está sendo veiculada na TV, rádio, internet e em locais de grande circulação de pessoas em todo o Brasil, com foco nas regiões de maior incidência da doença, como Manaus, Belém, Rio Branco, Recife e Rio de Janeiro.
Campanha foi lançada na última sexta-feira, pelo Ministério da Saúde (Foto: Walterson Rosa/MS)
A mobilização chama atenção para os principais sintomas, como tosse por três semanas ou mais, febre e emagrecimento. A campanha também reforça que o diagnóstico e o tratamento, que leva a cura da tuberculose, estão disponíveis no SUS.
O Brasil faz parte dos países prioritários para o enfrentamento à doença, elencados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e está entre os 30 países do mundo com maior índice de transmissão. O compromisso do país é zerar o número de famílias afetadas pela tuberculose, o que aumenta ainda mais a vulnerabilidade e os gastos com o tratamento da doença, até 2035.
“O Brasil, junto com a Índia, a Indonésia e a coalizão de líderes, firmarão o compromisso para ter a tuberculose como uma prioridade para a agenda do G20”, afirmou a ministra.
Em 2022, cerca de 78 mil pessoas adoeceram por tuberculose no Brasil. O número representa um aumento de 4,9% em relação à 2021, segundo informações do Boletim Epidemiológico.
Uma das principais formas de proteção contra casos graves da tuberculose é a vacina BCG, recomendada pelo Calendário Nacional de Vacinação logo após o nascimento. Nos últimos anos, houve uma redução importante da cobertura vacinal. Até 2018, o índice de vacinação se mantinha acima de 95%. A partir de 2019, a cobertura não ultrapassou os 88%.
O cenário da tuberculose no Brasil também foi agravado pela pandemia da Covid-19, que provocou a redução de notificações. Confira abaixo o vídeo da campanha.