A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou, na sexta-feira (31), que irá manter a bandeira verde para a tarifa da conta de luz do mês de abril. Com a medida, que contempla todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN), não haverá acréscimo para além do que é gasto em cada residência ou estabelecimento.
A decisão acontece em meio à melhora significativa dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas. Segundo a Aneel, no fim de março, o SIN atingiu o nível de 85,1% de armazenamento, cenário similar nos outros reservatórios do país. A previsão é que, com o fim do período chuvoso, as hidrelétricas registrem patamares próximos a 90%.
Lançado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, especialmente quando as condições não são favoráveis, como nos períodos de seca. As bandeiras de cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.No caso da bandeira verde, as condições de geração são favoráveis e não têm custo adicional. Na bandeira amarela, as condições são menos favoráveis e é cobrada uma taxa extra de R$ 2,989 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Já na bandeira vermelha 1, é cobrada uma taxa de R$ 6,50 a cada 100 kWh.
Em 2021 também foi criada a bandeira de escassez hídrica para cobrir custos de geração, transmissão e distribuição de energia durante o período de seca, quando é preciso acionar as termelétricas, que custam mais caro. Essa bandeira vigorou até o começo de abril do mesmo ano, cobrando taxa de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos.