Após o ataque a creche de Blumenau, no Vale do Itajaí, na manhã desta quarta-feira (5), o governo do Estado detalhou medidas de segurança que devem ser implementadas para aumentar a segurança nas escolas estaduais.
Em entrevista coletiva, o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, destacou a criação de um protocolo de prevenção e um de contingência, em parceria com a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros Militar, a Polícia Civil e a Polícia Científica, em todas as escolas de Santa Catarina, para verificar a vulnerabilidade dos locais.
“Desde a semana passado estávamos orquestrando um plano de contingência para evitar que isso aconteça, contruindo um plano no sentido de garantir que mortes não acontecessem”, afirmou o delegado-geral.
“Vamos criar uma sistemática de perfis comportamentais de criminosos que possam praticar esses ilícitos penais. Vamos analisar as condutas prévias de indivíduos perigosos e verificar se eles podem voltar a praticar condutas, em especial, aqueles que estão em liberdade”, detalha Ulisses Gabriel.
“Correr, se esconder, lutar”
O especialista afirma que não é apenas uma ação que protegerá os estudantes e a comunidade escolar dos ataques, mas é necessário implementar “camadas de segurança”.
A primeira questão é restringir o acesso a esses locais e, em seguida, criar um protocolo caso o criminoso consiga entrar em uma escola ou creche, como aconteceu em Blumenau. O criminoso pulou o muro da escola e atacou os alunos que estavam brincando no pátio. Quatro crianças morreram.
“Se eu tenho uma câmera instalada, tem alguém olhando, verifico uma situação anormal, qual é o protocolo? É ligar para o 190, ok, corretíssimo, mas quanto tempo a polícia vai levar pra chegar? Enquanto a polícia não chega, o que eu tenho para implementar?”, questiona.
Ele aponta que existe um protocolo muito usado nos Estados Unidos que é o “correr, se esconder, lutar”. Barbosa explica que “a primeira coisa é fugir, se possível sair do prédio, saia do local. Se não conseguiu fugir ou fugiu só até um certo ponto, deve se esconder para que o assassino tenha dificuldades de localizá-lo”.
Ameaças contra escolas de SC
O delegado-geral diz que há ainda, outros casos investigados, em como Rodeio, onde suspeitos foram identificados. “Várias situações neste ano foram registradas e identificadas pela inteligência da Polícia Civil com possíveis autores de crimes em Imbituba, Concórdia, Blumenau, São Bento, São José e Criciúma”, completa.