ATESTADO - 19/04/2023 16:04

Chefe do GSI apresenta atestado e falta à sabatina na Câmara sobre 8 de Janeiro

Oposição teme que o general Gonçalves Dias renuncie ao cargo e, com isso, não possa comparecer a uma próxima reunião
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General Gonçalves Dias apresentou atestado e faltaou sabatina na Câmara sobre 8 de Janeiro JOSÉ CRUZ / AGÊNCIA BRASIL
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, apresentou um atestado médico e faltou à sabatina a qual seria submetido nesta quarta-feira (19), na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. Após a ausência, o colegiado aprovou um requerimento de convocação, que obriga o ministro a comparecer à sabatina. A nova data é próxima quarta-feira (26), às 14h.
Sem detalhar qual é o problema de saúde do general, o GSI publicou um comunicado com a justificativa. A ausência ocorre após vazamento de um vídeo mostrando o ministro no Palácio do Planalto durante os ataques extremistas de 8 de janeiro.
Gonçalves Dias não era obrigado a comparecer à sessão, pois o requerimento veio na forma de convite.  Mesmo assim, a ausência incomodou os parlamentares da oposição.
Nos bastidores, circula a informação de que o general pode renunciar ao cargo em meio à crise. O presidente da Comissão de Segurança, deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) afirmou que essa possibilidade, se confirmada, atrapalha um futuro comparecimento de Gonçalves Dias ao colegiado.
Segundo Sanderson, uma futura renúncia “mostra de forma clara que isso pode ter sido uma manobra. Trará um desgaste político para o governo atual, mas ele [Gonçalves Dias] não poderá ser convocado.”
O deputado Lucas Redecker (PSDB-RS) afirmou que o general cometeu crime de prevaricação ao não agir contra as invasões, mesmo estando no prédio. Ele aproveitou para reivindicar a instalação da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) sobre o tema. “Tem que se instalar de imediato a CPI do 8 de Janeiro. Quem não deve, não teme.”
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), da base do governo, criticou a atuação do general diante das invasões e disse esperar a renúncia dele. “Ele pode vir prestar todo esclarecimentos, mas é uma questão política. Não há condição do ministro seguir à frente do GSI.  Isso pode gerar uma crise inoportuna no momento que o Brasil precisa de enfrentar as suas dificuldades econômicas, enfrentar a retomada do crescimento, do desenvolvimento”, disse.

Fonte: R7
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