As obras de duplicação e melhorias da BR-280 impactam sobremaneira a vida do catarinense, principalmente no bolso. É que os problemas de trafegabilidade e segurança viária afetam de forma significativa o transporte de cargas de toda a safra agrícola e produção industrial passa pela rodovia para chegar ao Porto de São Francisco do Sul, condição esta que impacta diretamente no bolso do consumidor.
Somente o custo de logística da indústria catarinense gerado por estes impactos, por exemplo, é de 14% do valor do faturamento bruto das empresas, 55% superior aos praticados nos EUA. Isso para uma rodovia cujo entorno apresenta pujante atividade econômica, congrega cerca de 45 mil estabelecimentos, os quais empregam 506 mil trabalhadores (MTP/2021), com uma população de 1,6 milhão (IBGE/2021), que em 2022 contribuíram para gerar o equivalente a 25% do PIB de Santa Catarina (IBGE/2020).
Outro problema potencializado com os atrasos nas obras da BR-280 são os da atividade turística, sobretudo em períodos de verão, o que, novamente, somatiza perdas para a economia local, além de piorar o gargalo rodoviário.
Para garantir a trafegabilidade e segurança viária na região, o deputado Estadual Maurício Peixer propôs a criação da Frente Parlamentar para acompanhar as obras da BR-280 na Assembleia Legislativa. “Precisamos entender os pormenores desta obra e criar mecanismos de busca de alternativas eficientes para finalmente conduzí-la para a frente”, destacou ao reforçar que o lançamento da frente será no dia 2 de maio de 2023, às 10h, na Alesc.
As obras da BR-280 – O projeto das obras de duplicação e melhorias na BR-280/SC, entre São Francisco do Sul e o contorno de Guaramirim e Jaraguá do Sul tem cerca de 75 km, dividido em três lotes: (1) em São Francisco do Sul, no entroncamento com a BR-101, com extensão de 36,68km; (2) no entroncamento da BR-101 com o início do contorno de Jaraguá do Sul, em um total de 14 km; e (3) no contorno de Jaraguá com Guaramirim, com quase 24km.
O contrato foi assinado pelo valor de R$ 1 bilhão, a preços de 2014, segundo dados da Análise Expedita da Fiesc sobre a situação da rodovia e compreende a duplicação e os serviços de recuperação e restauração do pavimento da pista existente e a construção de viadutos, passarelas e pontes.