O ex-padrasto que matou Maitê Brambilla dos Anjos, de 2 anos, em Treze Tílias, foi condenado pouco mais de um ano depois do crime. À época, ele assassinou a menina para se vingar da mãe dela após o término do relacionamento do casal. A Justiça estabeleceu 36 anos de prisão sem direito a recorrer em liberdade.
A condenação foi por homicídio qualificado por feminicídio, motivo torpe, meio cruel, emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e agravado pelo fato de que a menina tinha menos de 14 anos. O homem não quis participar do júri e apenas ouviu a sentença. Ele voltou para o presídio de Chapecó, onde estava cumprindo a preventiva.
A família acompanhou toda a sessão. Ao final, os pais da pequena falaram sobre o desfecho:– Minha filha era tudo o que eu tinha. Essa condenação não trará ela de volta, mas pelo menos a justiça foi feita. Vou seguir minha vida trabalhando, indo à igreja e fazendo terapia. É o que resta – desabafou a mãe, Alessandra Brambila.
– Essa pena de 36 anos não ameniza nem 1% do sofrimento que ele causou ao tirar a vida da minha filha, mas pelo menos ele vai pagar pelo que fez – disse também o pai, Juliano dos Anjos.Relembre o caso
O crime ocorreu em 26 de abril de 2022. Ao voltar do trabalho, por volta das 18h, a mãe da criança encontrou o apartamento trancado e não conseguiu contato com o ex-companheiro. Antes disso, eles haviam rompido o relacionamento, mas a menina ficou com o homem naquela tarde como forma de despedida antes da mudança dele.Alessandra pediu ajuda ao pai da criança e ambos passaram a fazer buscas pela cidade. Um dos locais onde a família foi era a quitinete onde o ex-padrasto supostamente deveria se mudar, mas não o encontraram. Os pais de Maitê foram então relatar o desaparecimento à polícia e voltaram para a casa da mulher.
Antes da chegada dos policiais ao apartamento, o pai e um tio da vítima arrombaram a porta do local. Dentro da residência, o corpo da menina foi encontrado em cima de uma cama, embaixo de várias cobertas. Ela tinha um corte no pescoço e já estava sem vida.
Um policial que participou das buscas e da prisão do suspeito afirmou à época que o homem havia confessado o crime.