TRÂNSITO - 24/05/2023 22:24

Mais de 400 motoristas dormiram ao volante e causaram acidentes em SC nos últimos dois anos

Números são de rodovias federais, contabilizados pela PRF
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Acidente na BR-470, em Navegantes, em 20 de maio (Foto: CBMSC, Divulgação)

Mais de 400 motoristas dormiram ao volante e causaram acidentes nas rodovias federais de Santa Catarina entre janeiro de 2021 e abril deste ano, matando 26 pessoas e ferindo outras 510, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O número representa um óbito efetiva a cada 20 colisões. 

Só em 2023, de janeiro a abril, 55 acidentes foram causados por condutores sonolentos nas BRs catarinenses. São registros de mais de 10 por mês pelo mesmo motivo. Duas pessoas perderam a vida. 

O último acidente que repercutiu no Estado, e que não entrou na contabilização, foi o atropelamento de três pedestres em Chapecó, no Oeste, em 20 de maio. O motorista teria relatado que dormiu ao volante por conta do cansaço — ele não dormia há 20 horas — e acordou apenas após a colisão. Duas mulheres morreram.

A reportagem solicitou os números de acidentes causados por falta de sono nas rodovias estaduais, mas a Polícia Rodoviária Militar afirmou não contabilizar a situação. 

Dirigir com sono é o mesmo que dirigir embriagado

Dirigir com sono tem o mesmo efeito do que dirigir embriagado, conforme explica o chefe do núcleo de comunicação da PRF, Adriano Fiamoncini. O sono reduz capacidade de concentração, noções de distância, tempo e reflexo. Em uma rodovia onde os carros andam em até 100km/h, a lucidez se torna mais do que necessária para evitar qualquer tipo de acidente.

— Todo mundo já ouviu a expressão "bêbado de sono". Quando se anda em uma rodovia federal em alta velocidade, os reflexos são fundamentais, assim como o tempo de reação, em que um segundo pode ser o suficiente para evitar qualquer colisão — explica.

O que fazer ao sentir sono ao volante?

O planejamento antecipado de uma viagem é fundamental para evitar o sono durante o trajeto. Segundo Fiamoncini, o recomendado é que, caso o motorista sinta sono no caminho, seja feita uma parada para descansar. O ideal, se não houver opção de parada para dormir, é que ao menos o motorista saia do carro e se alongue para oxigenar o cérebro.
As viagens longas precisam de paradas a cada três horas, seja para tomar um café ou esticar as pernas, por exemplo.

— São números preocupantes, porque é uma causa fácil de ser evitada. Pode ser evitada com medidas simples, mas as pessoas insistem em chegar logo no destino por prazos, claro, e acabam exigindo demais do corpo. Muitas pessoas possuem, inclusive, hipnose rodoviária, quando o motorista dorme de olho aberto. O cérebro apenas desliga e ele não sabe nem nos dizer o que houve, porque quando percebeu já tinha apagado — finaliza.

Fonte: NSC
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