O estudo também mostrou que o número de consumidores inadimplentes subiu cerca de 8% no último mês, em comparação com o mesmo período do ano passado. Hoje, cada inadimplente deve em média R$ 4 mil em dívidas somadas para duas empresas.
Segundo a especialista em finanças da CNDL, Merula Borges, o cenário econômico, principalmente durante a pandemia de Covid-19, afetou o bolso das famílias e prejudicou, em especial, aquelas com rendas mais baixas. “Nos últimos tempos, até tivemos uma inflação mais controlada, mas passamos por um bom período no ano passado com a inflação do alimentos, por exemplo, na casa dos dois dígitos. Outro ponto é a taxa de juros que ficou mais alta e tende a ser mais difícil te acesso ao credito. Além da dívida que foi negociada em 2% e agora fica mais difícil de pagá-la com ela mais cara”, disse. A especialista ainda avaliou e que a tendência é de que muitos brasileiros permanecem no vermelho. “Quando falamos no cenário mais possível para os próximos meses, ainda esperamos uma taxa de juros mais alta com uma diminuição no segundo semestre, mas ainda assim teremos um cenário de juros altos e há uma perspectiva de que essa inadimplência fique alta”, concluiu.