CARREIRA PÚBLICA - 31/05/2023 22:30

Previsão de 58,8 mil vagas em concursos federais em 2023 anima candidatos; saiba quais são os mais aguardados

Governo federal já autorizou 9.585 postos para atuação no Poder Executivo
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O ano de 2023 tem sido de boas notícias para quem quer se tornar servidor público. Isso ocorre por conta da previsão de que 58.867 mil vagas sejam abertas apenas no âmbito federal. As contratações estão previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA).

Até o momento, o governo federal já autorizou 9.585 vagas para atuação no Poder Executivo, que pode ter editais para a contratação de mais de 40 mil servidores (veja detalhes abaixo). Não entram nessa conta os certames estaduais. A quantidade de vagas destinadas para o Rio Grande do Sul ainda não foi confirmada pelo poder público; essa informação deve constar quando ocorrer a publicação dos editais, informou à reportagem o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Previsão de vagas para o ano, segundo a LOA:

- 50.175 vagas para o Poder Executivo
- 520 vagas para o Legislativo e Tribunal de Contas da União (TCU)
- 7.844 vagas para o Judiciário
- 240 vagas para o Ministério Público da União
- 88 vagas para a Defensoria Pública da União

— Muitos concurseiros que não estavam estudando retornaram agora tendo em vista essas notícias. A procura por cursos aumentou bastante, por conta da expectativa de um bom salário e melhores condições para a família. O número de vagas é positivo e certamente vai se refletir em melhoria dos serviços públicos — diz Pedro Kuhn, professor e fundador do site Concurseiro ON.

Em maio, o governo federal autorizou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a contratar 8.141 profissionais de forma temporária. Esse é o certamente com mais vagas anunciadas até o momento. Os profissionais serão contratados para desenvolver atividades relacionadas ao Censo Demográfico 2022 e à coleta de pesquisas.

O recrutamento será feito por meio de processo seletivo simplificado. Os candidatos aprovados serão contratados por um ano, mas a atuação pode ser prorrogada conforme necessidade de conclusão das atividades. O IBGE definirá a remuneração e publicará o edital do processo seletivo em até seis meses.

— Os cargos do IBGE são trampolins para outros. Geralmente a pessoa utiliza essa remuneração para investir em cursos e qualificação para concursos “melhores”. Os concursos mais desejados são os cargos efetivos pois possuem estabilidade — acrescenta Kuhn.

Os mais aguardados

Segundo o professor, o concurso da Justiça Eleitoral, organizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), previsto para ser realizado neste ano, e para agente administrativo da Polícia Federal, com cargos de nível médio, são dois dos mais aguardados pelos concurseiros. Dos já confirmados pelo governo federal, Kuhn ressalta o certame do Ministério das Relações Exteriores, com 30 vagas para terceiro-secretário da carreira da diplomacia:

— A elite dos cargos autorizados são os das carreiras diplomáticas, inclusive os mais concorridos e com menos vagas. Nesses cargos, além da estabilidade e da progressão da carreira, existe a possibilidade de viagens pelo mundo e remunerações em dólar, o que atrai uma grande quantidade de concurseiros que conhecem essas possibilidades — diz Pedro Kuhn.

Do total de vagas abertas até o momento (9.585), 1.444 são para cargos efetivos:

- Ministério das Relações Exteriores: 30 vagas para o cargo de terceiro-secretário da carreira da diplomacia
- Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI): 814 vagas
- Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA): 98 vagas para analista ambiental
- Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai): 502 vagas

Detalhes sobre funções podem ser acessados neste link. MCTI, MMA, Funai e IBGE têm seis meses, contados da data da autorização, para a publicação de editais e demais normas dos concursos.

— Avalio esse quantitativo de vagas como necessária em razão de que nos últimos anos não houve muitos concursos para o Executivo federal. Então é necessária a recomposição dos quadros públicos. Isso faz com que tenhamos um período grande de realização de concursos — pontua Douglas Soares, diretor do Curso Para Concursos (CPC).

Soares diz que os cargos efetivos já autorizados atraem outro perfil de concurseiros: aqueles com formação específica para a função, ainda que o certame seja aberto para qualquer curso superior. Por isso, não ficam restritos a quem tem formação nas áreas mais habituais dos concurseiros, que segundo ele, são Administração, Ciências Contábeis, Economia e Direito.

— Um concurso do Ministério da Ciência e Tecnologia sai da área e acaba pegando concurseiros formados, por exemplo, em Engenharia, na área de Tecnologia. No Ibama, acaba pegando concurseiros de Medicina Veterinária e de outras áreas mais voltadas para políticas ambientais — comenta.

Segundo o especialista, não é possível avaliar, no momento, o quão concorridos serão os certames, porque não se sabe se as vagas serão nacionais ou regionalizadas. Essa informação constará no edital. Para ele, os concursos nacionais com salário acima dos R$ 15 mil são os que atraem mais interessados porque “justificam” a mudança de cidade ou Estado do aprovado.

Dos concursos já anunciados, o diretor do CPC diz que o mais aguardado é o para o Ibama. Para ele, o cargo de agente administrativo da Polícia Federal também consta entre os mais esperados. Neste mês, o órgão solicitou ao governo federal a realização de um novo edital para o provimento de 734 vagas: 559 de nível médio e 175 vagas de nível superior. Porém, a realização do processo seletivo ainda não foi confirmada.

O fato de os editais dos concursos autorizados ainda não terem sido divulgados não impede que o interessado aguarde o documento: a maioria dos certames exige conhecimentos comuns, o que facilita o início da rotina de estudos, comenta o especialista:

— A dica é estudar aquelas matérias básicas que aparecem em qualquer concurso: língua portuguesa, direito constitucional, direito administrativo, informática, matemática e raciocínio lógico. Se o concurseiro estiver preparado nessas disciplinas, vai faltar para ele, em média, 30% do conteúdo programático do edital.

Fonte: Gaúcha ZH
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