A Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nas últimas semanas, o primeiro medicamento injetável para prevenção do HIV no Brasil. O Cabotegravir será mais uma opção de profilaxia pré-exposição, ou seja, uso contínuo de medicamentos antirretrovirais para pessoas com maior risco de contaminação. A autorização foi dada à empresa GlaxoSmithKline (GSK) e foi publicada no Diário Oficial da União.
Atualmente, os medicamentos à disposição do público são comprimidos de uso via oral. A principal diferença em relação aos novos está em sua ação prolongada, com redução da necessidade de doses.
Atualmente, a prevenção da infecção pelo HIV no Brasil é feita com a combinação de dois comprimidos, disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e que precisam ser tomados diariamente. Já o Cabotegravir é uma injeção muscular com efeito a médio e longo prazo. Com ele, ao invés de 365 doses anuais, seriam apenas seis.
Segundo informações divulgadas pela GSK, a eficácia do novo método seria 69% maior em relação aos medicamentos de uso oral e diário. Além disso, espera-se que, com doses menos frequentes, a adesão ao tratamento aumente para os que fizerem uso desse tipo de medicamento.