Santa Catarina tem a 3º menor taxa de analfabetismo do Brasil, apesar do crescimento durante a pandemia. Conforme dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Estado apresentou um índice de 2,2% em 2022.
Já em 2019, a taxa foi de 2,1%, ou seja, crescimento de 0,1%. O índice do Estado é menor apenas que no Distrito Federal (1,9%) e Rio de Janeiro (2,1%), ficando empatado com São Paulo. O cálculo considera as pessoas a partir de 15 anos.
“Ficamos empatados com São Paulo, que tem a 17ª cidade mais rica do mundo, além de ser a maior capital da América Latina. Os números são um incentivo para continuar no propósito de promover uma educação de qualidade em nosso estado”, destaca o governador Jorginho Mello.
Para o secretário da Indústria, do Comércio e do Serviço, Silvio Dreveck, a baixa taxa impacta diretamente no mercado de trabalho.“O analfabeto tem mais dificuldade em encontrar emprego, perdendo várias oportunidades de trabalho. Santa Catarina tem uma das taxas mais baixas de analfabetismo e isso é bom para a economia. Temos ótimos números da geração de empregos, permitindo a atração de novas empresas e baixos índices de desocupação”, explica.
A secretária adjunta da Educação, Patrícia Lueders, destaca que o regime de colaboração com os municípios também é de suma importância para a alfabetização.
“Essa etapa de formação é fundamental para desenvolver as habilidades e competências dos nossos estudantes, o que fará diferença para o restante da vida acadêmica. Trabalhamos em regime de colaboração com os municípios catarinenses, para garantir a efetividade da alfabetização nesta fase em todas as redes”, enfatiza.Destaques de SC
A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi de 1,9% para os homens e de 2,4% para as mulheres em 2022. Entre os grupos de idade, o que apresentou a maior taxa em 2022 foi o grupo de 60 anos ou mais de idade (6,6%).Apesar de três vezes superior, esse grupo de idade foi o que apresentou maior queda frente a 2019. Ainda assim, a taxa entre os idosos catarinenses é menos da metade que a dos idosos brasileiros em geral (16,0%).
A taxa também recuou no grupo de idade de 40 anos ou mais em 2022, se mantendo estável nos mais jovens. O percentual da população de 25 anos ou mais de idade que concluiu a educação básica obrigatória em Santa Catarina foi de 53,8%.O percentual de pessoas com 25 anos ou mais de idade em Santa Catarina com Ensino Superior completo cresceu de 18,7% para 20,8% em 2022. A proporção era a 6ª maior do país e equivalente a mais de 1 milhão de pessoas em 2022, e aumentaram 137 mil na comparação com 2019 (878 mil).
Analfabetismo no BrasilJá no cenário nacional, a taxa de analfabetismo recuou de 6,1% em 2019 para 5,6% em 2022. O Nordeste tinha a taxa mais alta (11,7%) e o Sudeste, a mais baixa (2,9%).
No grupo dos idosos (60 anos ou mais) a diferença entre as taxas era ainda maior: 32,5% para o Nordeste e 8,8% para o Sudeste.Das 9,6 milhões de pessoas com 15 anos ou mais de idade que não sabiam ler e escrever, 59,4% (5,3 milhões) viviam no Nordeste e 54,1% (5,2 milhões) tinham 60 anos ou mais.
Entre as unidades da federação, as três maiores taxas de analfabetismo foram observadas no Piauí (14,8%), em Alagoas (14,4%) e na Paraíba (13,6%).