Santa Catarina tinha 63,2% das residências sem ligação geral de esgoto sanitário ou rede pluvial em 2022, conforme aponta o PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua que foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (16).
Ainda conforme o relatório, apenas 37 a cada 100 domicílios tinham acesso, ou seja, apenas 36,8%. Com isso, o Estado é apenas o 17º do Brasil, ficando abaixo da média nacional. Além disso, a proporção foi menor ao registrado em 2019 quando foi de 43,1% e era o 13º maior do Brasil.
Por outro lado, 24,6% dos domicílios tinham fossa séptica ligada à rede, a maior proporção nacional em 2022. Somados aos que tinha rede geral ou pluvial, o percentual catarinense com acesso à rede geral é de 61,%, que é a 10ª maior do País.Enquanto isso, 32,7% não tinha fossa ligada a rede e 6,2% apresentavam outro tipo de esgotamento como, por exemplo, fossa rudimentar, vala e rio ou mar.
Já no cenário nacional, entre 2019 e 2022, a proporção de domicílios com esgotamento sanitário por rede coleta aumento 1,3 ponto percentual.“Ainda que no período tenha havido um pequeno avanço do esgotamento sanitário por rede coletora, boa parte dos domicílios do País permanece sem acesso a esse serviço. Além disso, em 2022, 14,1% dos domicílios recorriam à fossa rudimentar ou a outras formas inadequadas de lançamento do esgoto, como diretamente em valas, rios ou mar, o que traz riscos à saúde humana e ao meio ambiente” explica Gustavo Geaquinto, analista da pesquisa.
Rede de distribuição e abastecimento de água em SCAinda de acordo com o PNAD, em 2022, 97,4% dos domicílios contavam com abastecimento diário de água, sendo o segundo maior do país. Santa Catarina ficava atrás apenas do Distrito Federal (97,7).
O dado representa um avanço em comparação com 2019 quando foi de 95,9%, quando tinha apenas o 10º percentual nacional. Dos domicílios que não eram abastecidos diariamente, 1,9% recebia água de 4 a 6 dias na semana, e 0,5% de 1 a 3 dias em 2022.No cenário nacional, 88,5% das residências estavam ligadas à rede geral de distribuição de água em 2022. Segundo o IBGE, essa proporção quase não se alterou em comparação ao ano de 2016, quando 85,8% contavam com o serviço.
Enquanto isso, 6,4 milhões de domicílios ligados à rede geral não recebiam água diariamente em 2022, sendo que 99,3% das unidades urbanas estavam conectadas.Já entre os domicílios rurais, 32,0% estavam conectados à rede geral de água, enquanto 29,7% se abasteciam em poço profundo ou artesiano.
Em 2022, cerca de 9,0% (ou 6,4 milhões) dos domicílios do país que tinham a rede geral como principal forma de abastecimento de água não dispunham de fornecimento diário de água.Coleta de lixo em SC
Ainda de acordo com o IBGE, 95,9% dos domicílios de Santa Catarina contavam com coleta de lixo por serviço de limpeza, sendo o 4º percentual nacional.Dessas unidades, 89,4% tinham o lixo coletado diariamente pelo serviço e 6,5% em caçambas do serviço de limpeza. A proporção nacional de domicílios com lixo coletado era de 92,2%.
Apenas Rio de Janeiro (99,3%), São Paulo (99,1%) e Distrito Federal (98,9%)tinham proporções maiores que a catarinense em 2022.Casas são maioria em SC
Casas representavam 82,9% dos domicílios catarinenses em 2022. Enquanto isso, apartamentos eram 17% e habitações em casas de cômodos e outros 0,1%.Mesmo assim, os apartamentos aumentaram a participação em relação a 2016 quando era apenas 15,9, enquanto a proporção de casas diminuiu.
O levantamento do ano passado aponta ainda que 64,8% dos domicílios catarinenses eram próprios ou quitados e 5,8% ainda estavam sendo pagos. Porém, aumentou o número de domicílios alugados de 18,8% para 23,5% em seis anos.