Um problema que atinge tradicionalmente mais os homens, está afetando de forma similar o público de feminino. Segundo a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), o Brasil teve aumento de cerca de 62% nas mortes de mulheres de 15 a 49 anos por infarto de 1990 para 2019.
Segundo Gláucia Maria Moraes de Oliveira, do Departamento de Cardiologia da Mulher da SBC, a falta de conhecimento das mulheres sobre os sintomas as leva a procurar tardiamente um médico e, consequentemente, a terem um pior desfecho.
Até mesmo alguns médicos não estão preparados para diagnosticar corretamente o infarto em mulheres, diz a especialista.
“Geralmente, as pessoas chegam ao pronto-socorro com obstrução coronária. Só que existem muitas mulheres que têm um tipo diferente de infarto, que a gente chama de ‘minoca’, em que há uma disfunção arterial igual à de um homem, mas sem a existência de uma placa aterosclerótica (placa de gordura que obstrui o vaso sanguíneo)”.
Sedentarismo, estresse e mudanças no estilo de vida
Por possuírem um estilo de vida, geralmente, menos saudáveis que os das mulheres, o infarto foi atrelado historicamente aos homens. Diante disso, muitos médicos da família e clínicos gerais, que atendem em pronto-socorro, estão mais atentos aos sinais do problema cardiovascular no público masculino.