Com a alta apresentada pela PIM (Pesquisa Industrial Mensal), o setor responsável por cerca de 20% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional figura em um patamar 1,5% inferior ao apurado em fevereiro de 2020, o último mês sem o impacto da pandemia de coronavírus na economia nacional, e 18,1% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011.
Em março, a indústria havia avançado 1,1%, o que interrompeu uma sequência de dois meses de queda. No ano, o setor acumula perda de 0,4%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses, a variação foi nula (0,0%).
A disseminação positiva representa o maior espalhamento desde setembro de 2020, quando havia 23 atividades mostrando crescimento. Macedo, no entanto, recorde que, na época, o setor industrial se recuperava de perdas intensas enfrentadas em março e abril daquele ano, no início da pandemia no país.
Na comparação com abril, as maiores influências positivas sobre o resultado da indústria vieram dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (7,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (7,4%) e máquinas e equipamentos (12,3%).
Na atividade de derivados do petróleo, o resultado é o quarto positivo seguido, acumulando ganho de 15,0% no período. Já o segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias voltou a crescer após dois meses consecutivos de queda, quando acumulou redução de 2,6%.
Outras atividades com resultados positivos em maio foram indústrias extrativas (1,2%), produtos de metal (6,1%), outros equipamentos de transporte (10,2%), metalurgia (2,1%), produtos diversos (6,6%) e couro, artigos para viagem e calçados (4,9%).
Entre os setores que pressionaram negativamente a indústria estão o de produtos alimentícios (-2,6%), que recuou pelo quinto mês consecutivo, e o de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%), que também já havia retraído em abril (-0,4%). Macedo ressalta, porém, que o setor de alimentos vinha de uma sucessão de bons resultados no fim do ano passado.
“O saldo desse setor é positivo se considerarmos um período maior. Além de ser precedido por taxas positivas de grande amplitude, o resultado negativo em maio é relacionado a outros fatores, como a queda na produção de carne de bovinos e derivados de soja”, explica ele.