Cerca de 18 milhões de mulheres foram vítimas de algum tipo de crime em 2022, conforme uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Por conta disso o Movimento Nacional em Defesa das Vítimas lançou a campanha “Todas as vítimas têm algo em comum: direitos”.
Objetivo é incentivar o reconhecimento das vítimas e o apoio à reparação e amparo aos seus direitos. Foi lançada primeiramente pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), pelo MPF (Ministério Público Federal e pela ESMPU (Escola Superior do Ministério Público da União), e tem o apoio do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).
Ao passar por situações violentas, muitas pessoas tendem a se sentir vulneráveis, impotentes e confusas.
Além disso, é comum que uma parcela da sociedade julgue ou responsabilize os indivíduos expostos à violência, como se a culpa do episódio desagradável fosse da própria pessoa e não do agressor.
Nesses casos, a melhor forma de auxiliar é praticar o acolhimento, a empatia e a escuta ativa. Por isso, a campanha foi apresentada no dia 28 de junho de 2023 para mostrar que as vítimas possuem vários direitos e não podem ser submetidas a procedimentos repetitivos, desnecessários ou que provoquem danos ou traumas para as mulheres.
Sendo assim, a campanha presa pelo ideal que todas as vítimas devem ser tratadas com extrema dignidade, respeito, sem julgamentos, comparações ou especulações.
O Promotor de Justiça Jádel da Silva, titular da 40ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital e Coordenador do Neavit (Núcleo Especial de Atendimentos a Vítimas de Crimes), explica que a adesão do MPSC à campanha demonstra o incentivo à justiça como exercício de cidadania.
“Podemos perceber o comprometimento da nossa instituição com os objetivos nacionais de proporcionar às vítimas o acesso integral a seus direitos”, finaliza.