APÓS O RECESSO - 01/08/2023 09:50

CPI do 8 de Janeiro retoma os trabalhos nesta terça-feira com depoimento de ex-diretor da Abin

Deputados e senadores argumentam que Saulo Moura da Cunha pode fornecer informações importantes sobre o papel da agência de inteligência nos atos golpistas
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de janeiro, que investiga os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, retomou os trabalhos nesta terça-feira (1º).  

Para a sessão desta terça está previsto o depoimento de Saulo Moura da Cunha, ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Cunha ocupava o cargo de diretor da agência no dia 8 de janeiro, quando ocorreu a depredação de prédios públicos na Praça dos Três Poderes. Ele deixou o cargo no início de março.

A convocação de Cunha foi solicitada por cinco parlamentares: delegado Ramagem (PL-RJ), Izalci Lucas (PSDB-DF), Marco Feliciano (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Magno Malta (PL-ES). Os deputados e senadores argumentam que Cunha pode fornecer informações importantes sobre o papel da Abin nos atos golpistas

Em junho, a CPI já ouviu o ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar (DOP) do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime. Ele afirmou que Abin havia alertado aos órgãos de inteligência sobre o risco de ataques, mas o núcleo de inteligência do DOP não teve acesso a esses alertas.

A CPI também já ouviu o empresário George Washington Sousa – que está preso acusado de ter colocado uma bomba em um caminhão próximo ao Aeroporto JK, em Brasília, em 24 de dezembro do ano passado –; o diretor do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF, Leonardo de Castro; e os peritos da Polícia Civil do DF Renato Carrijo e Valdir Pires Filho, que fizeram exames nas proximidades do aeroporto e no caminhão.

A comissão também ouviu o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques sobre blitze feitas em rodovias federais no dia do segundo turno das eleições, principalmente na região Nordeste, onde está a maior parte dos eleitores de Lula.

O coronel Jean Lawand Júnior também depôs na CPI. Ele teve que explicar mensagens trocadas com o tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando Lawand pedia que Cid convencesse o então presidente a tentar a realização de um golpe de Estado.

O militar negou que as mensagens quisessem incitar um golpe de estado e afirmou que elas tinham apenas o objetivo de pedir que Bolsonaro tentasse apaziguar os ânimos de quem estava descontente com o resultado das eleições.

Na sequência, a comissão convocou Mauro Cid, mas ele acatou orientação de sua defesa e não respondeu às perguntas dos parlamentares, usando habeas corpus concedido pela ministra Cármen Lúcia. Ele foi acusado de "abuso de direito ao silêncio" pelos parlamentares da comissão. O militar está preso desde maio, acusado de fraudar cartões de vacinação.

A CPI do 8 de Janeiro é presidida pelo deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA) e tem como relatora a senadora Eliziane Gama (PSD-MA). O colegiado é composto por 16 senadores e 16 deputados.

Fonte: Gaúcha / ZH
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