PRESO - 03/08/2023 14:11

PF prende homem suspeito de ser o ‘maior devastador’ da Floresta Amazônica

Identificado como Bruno Heller, homem foi preso em flagrante com uma arma ilegal e ouro bruto; mais de 6 mil hectares já foram desmatados na região
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A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Retomada na manhã desta quinta-feira, 3, visando investigar um esquema de invasão de terra e desmatamento para criação de gado na Floresta Amazônica. Um dos alvos da operação é considerado pela PF como o “maior devastador do bioma amazônico” já investigado pela corporação. O homem foi identificado como Bruno Heller e foi preso em flagrante com uma arma ilegal e uma quantia de ouro bruto.

Apontado como líder do grupo, Bruno já recebeu 11 autuações e seis embargos do Ibama por irregularidades, enquanto perícias da PF indicam a existência de danos ambientais ocasionados pelas atividades na Terra Indígena Baú. Ao todo, foram expedidos três mandados de busca e apreensão, que foram cumpridos nos municípios de Novo Progresso (Pará) e Sinop (Mato Grosso). As investigações começaram após a PF em Santarém, no Pará, identificar o desmatamento de quase 6 mil hectares na região de Novo Progresso.

Segundo as investigações, o grupo criminoso investigado realizaria cadastros fraudulentos junto ao Cadastro Ambiental Rural de áreas próximas às suas em nomes de terceiros. Na sequência, eles iniciavam o desmatamento das áreas para criação de gado. Com isso, os responsáveis pelo desmatamento ficariam protegidos de eventuais processos criminais e administrativos, que seriam destinados aos terceiros. O inquérito policial identificou que o suspeito e seu grupo teriam tomado posse de mais de 21 mil hectares de terras pertencentes à União.

Até o momento, foi constatado o desmatamento de mais de 6,5 mil hectares de floresta, o equivalente a quatro ilhas de Fernando de Noronha. Existem indícios de  um que único autor seria responsável pela destruição ambiental.Os danos ambientais são agravados pela ocupação de áreas circundantes a terras indígenas e unidades de conservação.  

A justiça também determinou o bloqueio de R$ 116 milhões, valor mínimo dos recursos florestais extraídos e da recuperação da área atingida, além do sequestro de veículos, de 16 fazendas e imóveis e da indisponibilidade de 10 mil cabeças de gado.

Fonte: Jovem Pan
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