A gasolina, subitem de maior peso individual no índice, foi o produto que mais impactou no resultado da inflação, com uma variação de 4,75% no mês. Em junho, o combustível havia apresentado queda de 1,14%.
O encarecimento da gasolina foi determinante para a elevação de 1,5% da cesta do grupo de transportes. Em relação aos demais combustíveis (4,15%), foram registradas altas no gás veicular (3,84%) e no etanol (1,57%), enquanto o óleo diesel caiu 1,37%. As altas das passagens aéreas (4,97%) e dos carros novos (1,65%) também contribuíram para o resultado.
Almeida ressalta que a aceleração é originada devido às três deflações consecutivas observadas em julho, agosto e setembro de 2022. "Saiu a queda de 0,68% de julho de 2022 e entrou a alta de 0,12%”, explica ele.
Mesmo com leve alta, o indicador continua, pelo quinto mês consecutivo, dentro do intervalo da meta preestabelecida pelo governo para 2023, de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (de 1,75% a 4,75%).
Na contramão do resultado geral, o grupo de alimentação e bebidas apresentou queda de 0,46% nos preços ao longo do mês de julho, influenciado pelo recuo nos valores da alimentação no domicílio (-0,72%), que já havia apresentado resultado negativo em junho (-1,07%).
Já a alimentação fora do domicílio (0,21%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,46%). A perda de força ocorre em virtude das altas menos intensas do lanche (+0,49%) e da refeição (+0,15%). Em junho, as variações desses subitens haviam sido de 0,68% e 0,35%, respectivamente.
Demais grupos
Dos outros sete grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro tiveram alta no mês de julho. Foram eles artigos de residência (+0,04%), educação (+0,13%), saúde e cuidados pessoais (+0,26%) e despesas pessoais (+0,38%). Os itens de comunicação ficaram estáveis (0%).