No mês de junho, o indicador conhecido por representar uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) avançou 0,63%. A alta supera a forte desaceleração apurada no mês anterior e faz o IBC-Br fechar o segundo trimestre aos 146,65 pontos na série dessazonalizada (livre de influências).
O resultado positivo surge após o índice abrir o trimestre com o melhor desempenho desde dezembro de 2013 e amargar, no mês seguinte, a maior perda desde março de 2021, período marcado pelo auge da pandemia do novo coronavírus.
O dado oficial, referente ao Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, será divulgado no dia 1º de setembro e deve confirmar a desaceleração da economia em relação ao crescimento apurado nos três primeiros meses deste ano, quando a agropecuária disparou 21,6% e puxou alta do PIB.
Cenário adverso
Os grupos cobram a redução mais efetiva da taxa Selic, que aparece em 13,25% ao ano, após cair pela primeira vez em três anos no início deste mês. A pressão busca estimular o desempenho da economia e leva em conta que juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam o consumo da população.
“Observa-se alguma retração no setor de comércio, estabilidade na indústria e certa acomodação no setor de serviços, após ritmo mais forte nos trimestres anteriores. O mercado de trabalho segue resiliente, mas com alguma moderação na margem”, destaca o documento.