O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, enviou à Polícia Federal (PF) um pedido de investigação sobre o apagão registrado na terça-feira (15) em 25 estados e no Distrito Federal. A solicitação foi feita pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Após mais de 24 horas da falta de energia elétrica, que afetou cerca de 29 milhões de brasileiros, o governo ainda não conseguiu identificar o motivo que fez com que quase todo o Brasil ficasse sem luz.
Nas redes sociais, Dino comentou a medida: "A providência é necessária em face da ausência de elementos técnicos, até o momento, que expliquem o que ocorreu. Assim, é prudente uma análise mais ampla, inclusive quanto à possibilidade de atos ilícitos."
O Ministério de Minas e Energia afirmou em nota que, a partir de dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), registrou uma ocorrência às 8h31 na rede de operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) que provocou a "separação elétrica das regiões Norte e Nordeste das regiões Sul e Sudeste do país", com a interrupção de pelo menos 16 mil megawatts de carga.
Após esse episódio, o ONS decidiu, por conta própria, fazer uma "ação controlada" nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Isso foi necessário para "evitar propagação da ocorrência", de acordo com o órgão. Houve corte de carga controlado de 2.900 megawatts, o que evitou um desligamento maior nessas regiões. O fornecimento de energia foi normalizado em todo o país cerca de seis horas após o início do apagão. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o Sistema Interligado Nacional voltou a funcionar totalmente às 14h49.
Na quarta-feira, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o apagão foi consequência de "erro técnico, falha técnica". "É preciso identificar o que foi que aconteceu, e espero que o mais rápido possível nós consigamos dizer à sociedade", afirmou Costa em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC).