SAÚDE - 28/08/2023 16:29

Casos de SRAG em crianças ‘disparam’ em SC com aumento de 75%, aponta FioCruz

O boletim da Fundação aponta que casos de SRAG em crianças estão subindo no Estado
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Os casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em Santa Catarina apresentam probabilidade de crescimento de 75% nas últimas seis semanas, aponta boletim Info Gripe da FioCruz. De acordo com os dados, os casos têm crescido entre crianças e adolescentes de 2 a 4 anos e de 5 a 14 anos.

A tendência de crescimento também é apontada para Florianópolis, segundo o boletim. Ao lado de outras sete das 27 capitais brasileiras, Florianópolis aparece com Boa Vista (RR), Campo Grande(MS), João Pessoa (PB), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Salvador (BA) e São Paulo (SP), que também devem registrar mais casos.

A Srag, é o nome que os médicos dão para problemas sérios de respiração. Quando alguém tem dificuldade para respirar muito forte e fica doente por causa disso, pode ser chamado de SRAG.

Geralmente, os casos são mais graves do que um resfriado comum. Eles podem ser causados por diferentes coisas, como vírus ou bactérias. Em algumas situações, pode ser necessário ir ao hospital para receber tratamento especializado. Há ainda casos de morte pela doença.

“A vacinação continua extremamente recomendada. Devemos aproveitar que as vacinas da gripe e da Covid ainda estão disponíveis nos postos de saúde, são gratuitas e continuam protegendo especialmente contra as formas graves das doenças como forma de proteção em caso de retomada do crescimento do vírus”, afirma o pesquisador Marcelo Gomes, da FioCruz.

Dentre os casos positivos em 2023, 9,1% são Influenza A, 4,8% Influenza B, 40,3% vírus sincicial respiratório (VSR), e 30,4% Sars-CoV-2 (COVID-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 3,8% para influenza A, 1,2% para influenza B, 20,4% para vírus sincicial respiratório, e 25,1% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

Ainda de acordo com o documento, o crescimento de casos de rinovírus segue sendo registrado no Estado.

Diferença de gripe e resfriado

Gripe:

É causada pelo vírus influenza. Seus sintomas geralmente aparecem de forma repentina, com febre, vermelhidão no rosto, dores no corpo e cansaço. Entre o segundo e o quarto dias os sintomas do corpo tendem a diminuir enquanto os sintomas respiratórios aumentam, aparecendo com frequência uma tosse seca. Como no resfriado, na gripe a presença de secreções nasais e espirros é comum.

Resfriado:

É causado na maioria das vezes por rinovírus. Seus primeiros sinais costumam ser coceira no nariz ou irritação na garganta, os quais são seguidos após algumas horas por espirros e secreções nasais. A congestão nasal também é comum nos resfriados, porém, ao contrário da gripe, a maioria dos adultos e crianças não apresenta febre ou apenas febre baixa.

Tratamento:

Ainda não existem medicamentos que tenham demonstrado bons resultados no combate aos vírus da gripe e do resfriado, por isso, o tratamento é direcionado ao alívio dos sintomas. Os principais medicamentos sintomáticos utilizados são os analgésicos e antitérmicos, que aliviam a dor e a febre.

Leitos pediátricos

De acordo com os dados da SES/SC (Secretaria da Saúde de Santa Catarina), a ocupação de leitos pediátricos está em 100% na Grande Florianópolis e no Grande Oeste. Nestas regiões, não há nenhum leito disponível para crianças.

Prevenção

Segundo o Ministério da Saúde, a vacina é a melhor maneira de se evitar a gripe e suas complicações. Todos os anos é necessário receber uma nova dose, já que sua composição é alterada de acordo com o tipo de vírus mais provável de se disseminar.

A vacina previne aproximadamente 70-90% dos casos de gripe, mas não protege contra outras infecções respiratórias como o resfriado. O efeito preventivo da vacina é observado cerca de duas semanas após sua administração, por isso a aplicação da vacina deve ser feita antes do inverno, época em que ocorrem os maiores índices de infecção. Como o vírus utilizado na vacina foi inativado em laboratório, não é possível que a vacinação provoque gripe.

As reações adversas que podem ocorrer costumam ser leves, como: dor no local da injeção, febre e mal-estar que duram um ou dois dias. Há evidências de que quem recebe a vacina todos os anos desenvolve maior resistência à doença, por isso todas as pessoas que tiveram acesso à vacina devem recebê-la anualmente. Para o resfriado ainda não há vacina disponível.

Baixa vacinação em Santa Catarina

De acordo com o dataSus, uma plataforma de dados do Ministério da Saúde, apenas 52% das crianças tomaram vacina contra a gripe em Santa Catarina. Das 534.799 apenas 46.688 delas se vacinaram. Destas, apenas 24.622 foram receber a segunda dose.

Todas as crianças que receberam pelo menos uma dose da vacina contra a gripe em anos anteriores devem receber apenas uma dose em 2023. Para a população indígena e pessoas com comorbidades, a vacina está indicada para crianças de 6 meses a menores de 9 anos.


Fonte: ND+
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