A ex-jogadora de vôlei Ana Moser se pronunciou na noite desta quarta-feira (6) após ser avisada pelo presidente Lula (PT) que deixaria o Ministério dos Esportes. A blumenauense disse sai da pasta “lutando e contribuindo para uma política pública de esporte”. Com a demissão, Santa Catarina deixa de um representante no primeiro escalão do Planalto.
“Recebi a decisão do presidente Lula, a quem agradeço pela confiança, de que deixarei a direção do Ministério do Esporte. Tivemos pouco tempo para mudar a realidade do Esporte no Brasil, mas sei que entregamos muito, construímos muito e levamos a política do presidente Lula aos que tivemos contato de norte a sul deste país. Continuarei lutando e contribuindo para uma política pública de esporte que seja para todas, todos e todes. Agradeço aos que tiveram comigo percorrendo este caminho curto e árduo,” Ana Moser.
Ana Moser sai para dar lugar ao centrão
Os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) vão assumir o comando dos ministérios do Esporte e dos Portos e Aeroportos, respectivamente. Fufuca entra no lugar de Ana Moser, e Silvio Costa Filho, no de Márcio França, que vai para a pasta da Micro e Pequena Empresa, ainda a ser criada.O PP vai ficar ainda com a presidência da Caixa, e o Republicanos tenta a da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). As negociações em torno da reforma da Esplanada para acomodar os partidos do centrão ocorrem há meses.
A primeira confirmação pública de que Fufuca e Costa Filho seriam os novos ministros foi feita no início de agosto, por Alexandre Padilha, ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo com o Congresso.
Desde então, diversos desenhos e formatos da nova Esplanada foram tratados nas reuniões sobre o tema. Durante as conversas, Lula confirmou a criação de um ministério responsável por cuidar das médias e pequenas empresas, cooperativas e empreendedores individuais.
Durante as negociações, também chegou a ser discutida a possibilidade de um desmembramento do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, chefiado por Wellington Dias. Para chegar a um meio-termo, Lula cogitou a criação de uma nova estrutura para cuidar apenas de benefícios sociais, entre eles o Bolsa Família, e deixar a atual pasta com as atribuições de controlar projetos de segurança alimentar e nutricional e de assistência social, o que não avançou.
Diferente de Márcio França, Ana Moser não foi realocada para outra pasta e deixou o governo.