As buscas por Flávio Tobaldini, 44 anos, chegaram ao terceiro dia neste sábado (21). Ele conduzia a balsa que virou no lago da usina de Itá entre os municípios de Alto da Bela Vista, no Meio-Oeste de Santa Catarina, e Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul na quarta-feira (18). Outras duas pessoas, que estavam no local no momento do acidente, foram resgatadas.
De acordo com o subcomandante do 11º Batalhão de Bombeiros Militar de Santa Catarina, Major Schpil, foi localizado neste sábado (21) o caminhão que estava na embarcação no momento do acidente. No entanto, o corpo da vítima não foi encontrado. Além disso, não houve mergulho das equipes já que o fluxo das barragens não foi interrompido.
— No dia de manhã será novamente interrompido o fluxo da barragem de Machadinho e Itá a partir das 6 horas da manhã e nós vamos sentir essa diferença de corrente a partir do meio-dia. Então, estamos esperançosos de que amanhã seja um dia que a gente consiga localizar o corpo e fazer a ancoragem do caminhão e da embarcação que está na naufragada — pontua.
O ideal é que a correnteza esteja abaixo de 1,5 km/h para as buscas, mas em alguns períodos ela chega a 6 km/h. Atuam na operação mergulhadores de Capinzal e Piratuba, com apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS), Marinha do Brasil e do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR).
Um sonar, da Usina Hidrelétrica de Itaipu, também ajuda nas buscas. O uso do equipamento é feito pelo Corpo de Bombeiros Militar do Paraná.
Entenda o caso
O desaparecimento ocorreu na quarta-feira (18). A balsa saiu de Alto Bela Vista, em Santa Catarina, sentido Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul, transportando um caminhão com carga de tijolos. Ao entrar no rio, por conta da correnteza, houve um emborcamento que levou ao naufrágio.Três pessoas estavam na embarcação no momento. O motorista do caminhão e o marinheiro conseguiram nadar para cima da balsa, e foram resgatados. Já o balseiro, não foi localizado.
Um inquérito foi aberto pela Capitania dos Portos de Santa Catarina para apurar as causas do acidente. A previsão é de que o procedimento seja finalizado em 90 dias.Além disso, a Defesa Civil analisa se o desaparecimento tem relação com as chuvas que atingem o Estado desde o início de outubro. Seis mortes já foram confirmadas.
