Segurança - 31/10/2023 10:59 (atualizado em 31/10/2023 15:27)

Operação mira grupo que teve lucro milionário com anúncios falsos de carros em SC e no PR

De acordo com as investigações, os integrantes movimentaram em torno de R$ 6 milhões em 45 dias
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(Foto: Ministério Público de SC/Divulgação)

Uma operação do Ministério Público de Santa Catarina deflagrada na manhã desta terça-feira (31) mira um grupo criminoso que teve lucro milionário com anúncios falsos de carros que fez vítimas em Santa Catarina e no Paraná. De acordo com as investigações, os integrantes movimentaram em torno de R$ 6 milhões em 45 dias.

Foram cumpridos 33 mandados de prisão e 45 de busca e apreensão em Joinville, Jaraguá do Sul, Balneário Camboriú e Blumenau, além das cidades paranaenses de Curitiba e Pontal do Paraná.

A ação está em andamento e tem apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) das promotorias de SC e do PR.

Como age o grupo

De acordo com o Ministério Público, o grupo publicava falsos anúncios de veículos na internet a partir de perfis de empresas fictícias e, a fim de captar clientes, replicavam esses anúncios em grupos de aplicativos. Atraídos pelas ofertas e convencidos pelos criminosos, as vítimas eram induzidas a fazer pagamentos de entrada ou dar um valor como “sinal”.

Após o primeiro pagamento, conforme o MP, um falso documento era enviado ao comprador lesado para convencê-lo a fazer a quitação da compra e, assim, ter o veículo entregue. Das vítimas, era cobrada, ainda, uma taxa referente ao suposto transporte do veículo até o endereço desejado para a entrega.

Os valores transferidos pelas vítimas do golpe eram rapidamente transferidos para outras contas bancárias e sacados em espécie para serem repartidos aos integrantes do grupo criminoso. Ficou comprovado também que a organização utilizava sistema bancário por meio de pessoas utilizadas como laranjas para disfarçar a origem ilícita do dinheiro e sacar as quantias.

Início da investigação

A investigação iniciou em maio de 2023 por meio de um procedimento investigatório criminal (PIC) instaurado pela 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Ituporanga após vítimas da organização criminosa na região terem denunciado o caso ao Ministério Público.

A ação é nomeada Operação Repasse e se refere ao jargão utilizado em revendas de carro, quando o veículo é ofertado por preço de “custo” aceito como parte de pagamento na compra de um novo ou de maior valor. 

Caso sejam condenados, os presos podem responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documento e lavagem de dinheiro. 
Fonte: NSC
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