Em onze meses, 21 pessoas foram presas em Santa Catarina por crimes ligados à corrupção. O número é 163% maior ao do ano passado, segundo dados da Coordenadoria Estadual de Combate à Corrupção (CECOR), da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC). Além disso, mais de R$ 6 milhões em ativos foram apreendidos durante as operações realizadas em 2023.
— As pessoas nem sabem que estes crimes estão sendo cometidos contra elas. O crime de corrupção, por sua natureza, acaba sendo um dos crimes mais velados que existem. O prejuízo ao patrimônio público, muitas vezes, só é descoberto anos depois, o que gera uma investigação extremamente complexa e trabalhosa — explica o delegado Gustavo Muniz, coordenador da CECOR.
— Não há boletim de ocorrência, raramente a gente tem um registro de suspeita de corrupção. Mas, por exemplo, uma denúncia, muitas vezes anônima, pode ser o ponto de partida que acaba desvelando um grande esquema criminoso — diz.
— O governo investiu fortemente nas delegacias de combate à corrupção. O efetivo foi aumentado em 23%. Foram disponibilizadas novas viaturas, tecnologias e apoio operacional para que as cinco delegacias regionais de combate à corrupção, espalhadas pelo Estado, e a delegacia de combate à corrupção da DEIC intensificassem essas ações. As operações envolvendo o combate da corrupção foram multiplicadas — pontua.
— A sociedade que vive a realidade do seu município pode, através de denúncia anônima, fazer com que a informação chegue até a PCSC. A participação da população é muito importante para que possamos combater essa prática — complementa.