O último júri do ano da Comarca de
São Miguel do Oeste foi realizado nesta sexta-feira (15), condenando Adriano
Ébre da Silva, a uma pena de 18 anos de prisão em regime fechado. Adriano é réu confesso de ter
esfaqueado e matado Ademir Schuk, 48 anos, em um Clube no Bairro Estrela em
janeiro deste ano.
De acordo com a denúncia, no dia 22
de janeiro de 2023, por volta da 1h da madrugada, no Clube "Cá Tô
Eu", Bairro Estrela, São Miguel do Oeste, o denunciado teria iniciado um
tumulto envolvendo sua companheira que já se encontrava no local, sendo
retirado por seguranças do estabelecimento. Não satisfeito, o autor retornou ao
local munido de uma faca, desferiu um golpe neste pelas costas, sequer
possibilitando tempo e condições para que se defendesse, fugindo rapidamente
junto com sua companheira.
Ademir foi socorrido por populares, mas não resistiu aos
ferimentos e morreu no Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, após um mês
internado.
Adriano, foi preso em uma ação da Polícia Civil nos três dias após o cometimento
do crime e permaneceu no Presídio Regional de São Miguel do
Oeste onde aguardou julgamento.
Para o Ministério Público, o delito foi praticado por motivo
fútil, uma vez que desencadeado por uma discussão de somenos importância,
insignificante, completamente desproporcional à natureza do crime praticado, em
razão de que a vítima, apenas cumprindo sua função como segurança, retirou o
imputado de dentro do estabelecimento, por ter iniciado confusão com os demais
clientes. Ainda, o denunciado utilizou-se de recurso que dificultou a defesa da
vítima, pois praticou o golpe de faca pelas costas do ofendido, que não
esperava pela súbita agressão, obstando a defesa de Ademir, que não pôde
esboçar qualquer reação, sendo colhido de surpresa.
O Conselho de sentença acatou a tese apresentada pela promotoria e condenou Adriano a pena de 18 anos de prisão. Além disso o Magistrado impetrou o pagamento de R$ 200 mil afim de danos morais em favor dos herdeiros.
O tribunal do júri foi presidido pelo
juiz, Márcio Cristofoli, na acusação atuou o promotor Edisson de Melo Menezes e
a defesa foi conduzida pelos advogados, Othoniela Domingues Diniz e Marcelo
Moreira Gonçalves.
A defesa confirmou à reportagem do
Grupo WH Comunicações que irá recorrer da decisão.