Agentes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) resgataram duas cobras-de-vidro durante as obras de restauração e adequação da BR-163-SC, em Dionísio Cerqueira, no Extremo-Oeste de Santa Catarina.
Durante a obra, que conta com biólogos e técnicos em meio ambiente para garantir a segurança dos animais, os agentes encontraram dois animais conhecidos como cobras-de-vidro.
O doutor em biologia Jackson Preuss explicou que, embora tenha esse nome, o animal trata-se da espécie Ophiodes Fragilis, da família dos lagartos.
“Esse animal, por mais que ele pareça uma cobra, ele é um lagarto com corpo serpentiforme, ou seja, ele possui membros vestigiais muito pequenos na parte posterior do corpo. Na parte anterior do corpo, esse lagarto não possui membros e por esse motivo ele tem característica de uma cobra,” explica.
Segundo Preuss, esses animais não são peçonhentos, ou seja, venenosos e não causam riscos para os seres-humanos.
Entenda porque é chamado de cobra-de-vidro
Além de possuir um corpo que é muito similar ao de uma cobra, a espécie possui características que a assemelham aos lagartos, como a capacidade de deixar uma parte do corpo para trás.
Jackson Preuss explica que, ao se sentirem ameaçados, os animais soltam um pedaço do corpo. O objetivo é despistar o predador.
“Ele é chamado de cobra-de-vidro porque quando se sente ameaçado, solta um pedaço do corpo e parece que quebra. Isso faz com que a atenção do predador fique focada neste pedaço que ficou solto e ele tenha uma maior chance de fugir,” relata.
As cobras-de-vidro não são perigosas, mas é preciso ficar atento
O biólogo reforça que o correto é não mexer com o animal e permitir que ele siga o caminho dele sem interrupções.
“Se o animal está em um local seguro, que ele não coloca em risco a pessoa ou ele próprio, o ideal é manter uma distância segura e esperar que o animal tome seu rumo em direção à natureza”, orienta.